Terça-feira, 22 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2025
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), pediu nesta 2ª feira (21.jul.2025) a suspensão do mandato do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o bloqueio do salário do congressista, que hoje mora nos Estados Unidos. A solicitação foi enviada ao presidente Hugo Motta (Republicanos-PB). O fim da licença de 120 dias de Eduardo venceu no domingo (20.jul), sem o retorno dele às funções.
O pedido diz que o regimento da Câmara proíbe o pagamento de salários a congressistas que permaneçam no exterior depois do fim da licença sem justificativa.
Na justificativa, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirma que o deputado do PL participou, durante o afastamento, de articulações nos Estados Unidos contra o Estado brasileiro e os Poderes do país.
A legenda cita ainda a comemoração do deputado às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), sobre exportações de produtos brasileiros. A medida entra em vigor em 1º de agosto.
Moraes bloqueia bens, contas e Pix de Eduardo Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o bloqueio de todos os bens móveis e imóveis do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), assim como as contas bancárias e a chave Pix.
A decisão, sigilosa, foi proferida no sábado (19), no âmbito do inquérito que apura a atuação do parlamentar nos Estados Unidos. Eduardo viajou ao país para denunciar uma suposta perseguição política do STF.
Com a decisão de Moraes, Eduardo está impedido de fazer qualquer movimentação financeira (receber ou enviar dinheiro). Além disso, devido à ordem de bloqueio, o salário da Câmara dos Deputados ficará retido na conta.
A medida cautelar faz parte de uma estratégia investigativa conhecida como “asfixia financeira” – quando o bloqueio de bens e valores tem o objetivo de interromper a continuidade da prática criminosa.
Em outra decisão assinada no sábado, o Moraes escreveu que Eduardo “intensificou a conduta ilícita” após a operação da PF (Polícia Federal) realizada na véspera, e que teve como alvo o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro, que em depoimento à PF admitiu ter enviado R$ 2 milhões para custear a permanência de Eduardo nos EUA, é investigado por atuar em “parceria” com o filho na empreitada de incitar o presidente Donald Trump contra o Brasil.
A avaliação da PGR (Procuradoria-Geral da República) é de que ambos atuam para tentar obstruir o regular andamento da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado, que está próxima de ser julgada e tem Bolsonaro como principal réu.
A atuação nos EUA resultou na imposição de uma tarifa de 50% a produtos brasileiros, que deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto, e sanções contra ministros do Supremo, como a suspensão de vistos.
Durante participação no podcast Inteligência LTDA., Eduardo disse que os próximos meses serão vitais para as próximas décadas do Brasil.
“Alexandre de Moraes acabou de bloquear minha conta, não vai encontrar nada. Você pode vir pra cima de mim. Estou disposto a ir às últimas consequências, pode prender meu pai e não vou mudar minha conduta”, declarou. As informações são dos portais Poder 360 e CNN.