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Porto Alegre Quadrilha comandada de dentro de um presídio exigia 60 mil reais para não atacar um comerciante no Centro de Porto Alegre

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Agentes cumpriram mandados em Charqueadas, Porto Alegre, Viamão e São Leopoldo. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Em nova ofensiva contra a extorsão de comerciantes do Centro Histórico de Porto Alegre, nesta quinta-feira (29) a Polícia Civil deflagou a operação “Incendiários”, tendo como alvo um grupo que comandava esse tipo de crime de dentro de um presídio em Charqueadas (Região Carnonífera). Um dos casos envolveu a exigência de R$ 60 mil em dinheiro-vivo para que não houvesse retaliações à vítima.

As chantagens para obter dinheiro incluíam ameaças de agressão, fogo em estabelecimentos e até mesmo a morte das vítimas. A investigação foi realizada durante mais de um mês pela 1ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre e apontou, até agora, o envolvimento de pelo menos cinco pessoas, incluindo duas mulheres (uma ainda foragida) e três detentos – um deles já trabalhou para um dos ameaçados.

Ao todo, 30 agentes cumpriram mandados de busca e prisão na Região Metropolitana, abrangendo as cidades de Charqueadas, Porto Alegre, Viamão e São Leopoldo (Vale do Sinos), comandados pelo delegado Paulo César Jardim. Não está descartada a participação de outros indivíduos. Os criminosos não tiveram as suas identidades divulgadas.

Captura de foragido

Na última terça-feira (26), a Polícia Civil havia capturado no bairro Mario Quintana (Zona Norte) um dos líderes de uma facção criminosa que também extorquia comerciantes no Centro Histórico de Porto Alegre, por meio da exigência de “pedágio” para manter as suas empresas em funcionamento.

Com um “quartel-general” na rua Voluntários da Pátria, o esquema é alvo de uma investigação que levou a nove prisões em setembro do ano passado. O homem, de 25 anos e cuja identidade não foi informada, não havia sido encontrado na época, permanecendo foragido desde então.

Ele possui antecedentes por extorsão (chantagem mediante ameaça para obter vantagem financeira) e tráfico de drogas. Um outro líder do esquema participava dos crimes mesmo atrás das grades, como detento na Pasc (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas).

Testemunhas relataram que os donos de negócios (incluindo bancas de camelôs) do Centro da cidade que se negassem a contribuir com a “taxa de proteção” (a cobrança girava em torno de valores de até R$ 300 por semana) enfrentavam uma série de ameaças e retaliações. A lista abrangia desde incêndios intencionais até espancamentos.

Em maio de 2019, imagens de câmeras de segurança obtidas pela Polícia chegaram a mostrar a ação de uma dupla que ateou fogo em uma guarita da Galeria Malcon (com entradas pela Rua da Praia e Vigário José Ignácio). O ataque foi cometido para intimidar a administração do prédio, cujos controles de acesso estariam afastando clientes de salas comerciais onde mulheres faziam programas sexuais.

(Marcello Campos)

 

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