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Armando Burd Se Bolsonaro baixar a temperatura…

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Empréstimo será limitado a dois salários mínimos por funcionário, disse o presidente do BC. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

As buzinadas e os panelaços, ontem à noite, foram orquestrados na maioria pela oposição, inconformada com a perda do poder, via impeachment e, depois, nas urnas. Porém, reuniu outros grupos também. Um deles, os neutros, que reprovam a sucessão de declarações fora do contexto e perturbadoras do presidente da República. Além de parcela que votou em Jair Bolsonaro e se considera desorientada, a começar pelo fato de não ter sequer um partido ao qual se filiar.

Na Democracia não há unanimidade, mas cabe ao presidente a definição de rumo menos turbulento, sobretudo em um período de grave instabilidade, determinado por inimigo oculto que assusta a todos.

Contradição

Todos, incluindo opositores, neutros e desorientados, beneficiam-se de condição inédita e favorável no país: inflação controlada e juros mais baixos de toda a História.

Sem medo

A decisão unânime não deixou dúvida sobre a linha da equipe econômica. O presidente do Banco Central, Roberto de Oliveira Campos Neto, e os oito diretores, integrantes do Comitê de Política Monetária, reduziram a taxa Selic em meio ponto percentual, sendo fixada em 3,75 por cento ao ano. Antes, estavam em 4,25.

Agora, a tarefa será conseguir que o sistema bancário transfira a redução dos juros para a ponta dos tomadores de recursos, sejam empresários ou pessoas físicas.

Aliviará peso da dívida

Outro reflexo positivo: a redução do repasse do governo federal aos bancos para rolar sua imensa dívida. Às 23h de ontem, o Jurômetro apontava 58 bilhões e 692 milhões de reais, valor pago desde 1º de janeiro deste ano.

Vão economizar passagens

O Senado anunciou ontem que discussões e votações ocorrerão de forma remota. A medida evitará a presença dos parlamentares no plenário para impedir a propagação do coronavírus. A votação nominal e aberta será feita por meio de senha de uso único, fornecida no momento. A imagem do parlamentar será capturada quando pressionar o botão de voto.

Servirá como teste, podendo se tornar frequente quando a pandemia for superada. Significará menos discursos na tribuna, muitos deles inúteis.

Para reforçar o combate

A fórmula da votação virtual, sem a presença de vereadores em plenário, será também usada pela Câmara Municipal de Porto Alegre entre hoje e amanhã. Na pauta, a contratação emergencial de pessoal da área da Saúde para o combate ao coronavírus.

Mudou

Levantamento da Fundação Getúlio Vargas apontou que, no final de fevereiro, 34 por cento das postagens de brasileiros sobre o coronavírus no Twitter tinham tom de brincadeira, contra 10 por cento de menções, transparecendo preocupação. O restante das citações eram neutras. Esta semana, as que têm conteúdo sério chegam a 75 por cento do total na rede social.

Beira a loucura

A pergunta cruza o país: o que têm a ganhar os que ocupam as redes sociais, apresentam-se como químicos autodidatas e afirmam, de modo categórico, que o álcool gel não produz nenhum efeito em termos da pretendida e necessária assepsia? Concluem recomendando o uso de vinagre. É o contrário do que dizem os médicos, pondo em risco evidente os crédulos.

Irresponsáveis e livres

Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios mostra: prefeituras de todo o país acumulam precatórios que totalizam 40 bilhões de reais. São dívidas do setor público que o Judiciário, após processo, manda pagar ao autor da ação.

São frequentes os sequestros e as retenções nas contas municipais que inviabilizam a prestação dos serviços essenciais à população. É um lado do problema. O outro se refere à indagação nunca feita sobre os gestores irresponsáveis e omissos que deixaram a bola de neve crescer. Estão e continuarão impunes. Uma espécie de ninguém sabe, ninguém viu.

Corrida contra o tempo

Contadores vão consultar a Receita Federal sobre a possibilidade de adiar o prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda, que se esgotará a 30 de abril. Alegam que muitos clientes estão retidos em suas casas.

Para escapar do prejuízo

Político, que passou por vários partidos e está sofrendo crise de memória, dirigiu-se ao consultório para tentar descobrir qual é o atual. Por precaução, o médico cobrou adiantado.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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