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Ciência Situada na Antártida, “Geleira do Juízo Final” corre maior risco de derreter do que cientistas acreditavam

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Água salgada e quente que passa por cavidades da estrutura está pressionando os blocos de gelo. (Foto: Reprodução)

A grande geleira Thwaites, conhecida como “Geleira do Juízo Final” e situada na Antártida, corre maior risco de derreter do que cientistas acreditavam. Água salgada e quente passa por vários quilômetros abaixo dela, o que pode tornála ainda mais vulnerável.

A conclusão faz parte de uma pesquisa realizada por uma equipe de glaciologistas das Universidades da Califórnia (Estados Unidos) e de Waterloo (Canadá). O artigo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences na última segunda-feira.

A nova informação é alarmante porque o derretimento da Thwaites pode provocar um aumento de 65 centímetros do nível do mar. De acordo com a pesquisa, água quente do oceano ganhou acesso às cavidades de geleiras por causa do aumento da intensidade de ventos vindos do oeste. Esses ventos, por sua vez, são resultado da combinação entre o rápido aquecimento global e o esfriamento da segunda camada da atmosfera na Antártida.

A água acumulada nas cavidades e dutos das geleiras cria pressão suficiente para elevar os blocos de gelo. Outro ponto de preocupação é que a água salgada precisa de uma temperatura mais baixa para congelar do que a doce. Apesar de a diferença não ser grande – a água doce congela a 0ºC enquanto a salgada é a -2ºC –, é suficiente para provocar grande derretimento das geleiras.

Dados de satélites

Os pesquisadores reuniram dados de março a junho de 2023 pela missão de satélites comerciais da Finlândia, ICEYE. A frota de satélites da missão forma uma constelação na órbita polar ao redor do planeta. Com a ferramenta, os pesquisadores puderam obter dados de longo prazo. Antes disso, tinham apenas informações esporádicas.

Com os novos recursos, foi possível concluir que a geleira apresenta um recuo de 0,5 km por ano. O dado é consistente com o 0,6 km/ano observado entre 2011 e 2010 e representa metade da taxa observada entre 1992 e 2011, de 1 km/ano.

Líder do estudo e cientista da Nasa, Eric Rignot acredita que o trabalho trará benefícios a longo prazo para modelos de interação entre o oceano e as geleiras. “As reconstruções devem concordar muito melhor com as observações”, diz.

Os pesquisadores ainda não sabem, porém, quanto tempo pode levar até que a intrusão de água na Thwaites se torne irreversível.

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