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Brasil Suspensa a decisão que impedia o plantio de maconha para uso medicinal

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Magistrado permitiu o funcionamento de associação que cultiva maconha medicinal. (Foto: Unsplash)

O desembargador Cid Marconi, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), suspendeu uma decisão que impedia o funcionamento da Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace).

O magistrado recuou após visitar as instalações da entidade para tentar entender melhor como ocorre o cultivo da maconha para uso medicinal. Ele convidou todas as partes envolvidas no processo para acompanhar a inspeção e definiu que a Abrace pode funcionar desde que se submeta ao registro e ao controle administrativo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Impressiona a relevância e eficácia dos extratos no tratamento de sintomas e das próprias doenças que afligem severamente os associados da autora, ainda que esse dado tenha sido colhido de forma empírica, sem a cientificidade que é desejável num caso como o presente”, pontuou o desembargador.

Além do magistrado, participaram da visita representantes da Anvisa, autora do processo contra a associação; da Procuradoria Federal da Paraíba; da Ordem dos Advogados do Brasil; da Justiça Federal da Paraíba; da Polícia Federal; do Ministério Público e da Defensoria Pública da União.

O magistrado foi recebido por Cassiano Teixeira, presidente da associação, e por pacientes e familiares de pessoas que usam o extrato medicinal de cannabis.

“Nesse contexto, e com a relevante colaboração da Anvisa e da Abrace, foi possível constituir consensualmente um meio de assegurar o funcionamento da referida associação ao tempo em que ela providencie a regularização de suas atividades, conforme determinado na sentença recorrida, como condição para a vigência da liminar, até que a 3ª Turma do TRF-5 julgue, em definitivo, o recurso”, informou o desembargador.

Uso

Em 2019, a Anvisa aprovou a venda de produtos à base de cannabis para uso medicinal no Brasil, mediante prescrição médica.

O tipo de prescrição médica indicada para cada tratamento vai depender da concentração de tetra-hidrocanabidiol (THC), que é o principal elemento tóxico e psicotrópico da planta, ao lado do canabidiol (CBD), conhecido por seus efeitos analgésicos e anticonvulsivantes.

Estudos científicos já mostraram como essas duas substâncias atuam na redução de crises de epilepsia e dores crônicas. No entanto, o uso dos derivados de maconha para outras condições, como enxaqueca e Mal de Parkinson, por exemplo, ainda precisa ser estudado mais a fundo, de acordo com especialistas.

Por isso, entidades médicas como Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) se posicionaram contra a regulamentação do plantio de cannabis no Brasil. Já a agência reguladora de medicamentos norte-americana (FDA) autoriza, desde junho de 2018, o uso de CBD no tratamento de epilepsia.

As principais indicações médicas dos produtos derivados de cannabis são para tratar:

— Crises epiléticas, especialmente em crianças;

— Dores neuropáticas;

— Náuseas decorrentes de quimioterapia;

— Sintomas do autismo;

— Agitação noturna em pacientes com demência;

— Espasmos decorrentes da esclerose múltipla.

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https://www.osul.com.br/suspensa-a-decisao-que-impedia-o-plantio-de-maconha-para-uso-medicinal/ Suspensa a decisão que impedia o plantio de maconha para uso medicinal 2021-03-07
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