Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2023
O Telegram começou a lançar o recurso de stories para os usuários nesta sexta-feira (21), como confirmou o mensageiro em seu perfil oficial no Twitter. A novidade, no entanto, está restrita aos assinantes da versão premium da plataforma, neste momento.
Anunciada pelo CEO do app de mensagens, Pavel Durov, no mês passado, a funcionalidade era um pedido antigo dos usuários do rival do WhatsApp. Na ocasião, o executivo disse que era contra adicionar os stories ao Telegram, mas como mais da metade das solicitações recebidas eram relacionadas ao recurso, decidiu mudar de ideia.
Com a ferramenta, é possível escolher quem vai ver suas publicações, colocando-as visíveis para todos, apenas os seus contatos, pessoas selecionadas ou uma lista restrita de amigos próximos. O aplicativo também permite adicionar legendas e links aos posts temporários e marcar outras pessoas.
Os stories do Telegram são exibidos em uma área na parte superior da tela, acima das conversas, assim como em outras plataformas, facilitando a sua visualização. O assinante tem ainda a opção de ocultar as postagens feitas por qualquer contato, enviando-as para a lista “Ocultas”, abrindo espaço na tela principal do app.
Câmera dupla e duração
Para postagens diferenciadas, o mensageiro também permite adicionar fotos e vídeos feitos com as câmeras frontal e traseira ao mesmo tempo, de forma semelhante ao que acontece no BeReal. Outra opção disponibilizada é a possibilidade de definir por quanto tempo o story ficará disponível.
As alternativas oferecidas são de 6, 12, 24 e 48 horas, mas é possível manter uma publicação permanentemente em seu perfil, caso queira, em vez de expirá-la. O mensageiro não confirmou se e quando vai liberar os stories para usuários da versão gratuita do Telegram.
Uso de bots
Fáceis de usar e disponíveis em grandes quantidades, os bots do Telegram são cada vez mais utilizados para a automação de práticas ilícitas, incluindo a criação de sites falsos e a coleta de dados. Detalhes sobre atividades ilegais no mensageiro foram divulgadas pela Kaspersky nesta semana.
Conforme a empresa especializada em segurança cibernética, criar sites de phishing com os programas automatizados do app é uma tarefa simples e gratuita. Basta que o golpista se inscreva no canal do criador do bot, informe o idioma desejado e o envie para o simulador principal.
Em seguida, o mesmo mecanismo é acionado para o desenvolvimento de um robô virtual que irá coletar dados de quem clica nos links maliciosos da página fraudulenta, que pode simular plataformas oficiais do Facebook, Netflix, Snapchat e Twitter, entre outros serviços. Número de telefone, e-mail, IP e senhas são algumas das informações rastreadas.
O relatório aponta ainda a existência de “Páginas VIP” criadas com os bots do Telegram. Nesta modalidade, os sites são mais elaborados e trazem recursos avançados para golpes específicos, além de proteção contra detecção, mas o serviço é pago, custando de US$ 10 a US$ 300 — entre R$ 49 e R$ 1,4 mil, pela cotação atual.