Domingo, 27 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 26 de novembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Amanhã (dia 27) serão assinalados 80 anos da Intentona Comunista, uma tentativa de golpe contra o presidente Getúlio Vargas promovida por militares, no Rio de Janeiro, em nome da Aliança Nacional Libertadora, liderada por Luís Carlos Prestes, e com apoio do Partido Comunista Brasileiro.
O movimento surgiu na década de 1920, reunindo tenentes. A idéia era de uma revolução nacional e popular contra as oligarquias, o imperialismo e o autoritarismo. Na lista de reivindicações estavam o não pagamento da dívida externa, a reforma agrária e um governo de base popular.
Aderiram à intentona de 27 de novembro de 1935 os desiludidos com o rumo do processo político iniciado em 1930, quando Getúlio Vargas assumiu a Presidência da República, após a derrubada de Washington Luiz e o impedimento da posse do eleito Júlio Prestes.
Sem contar com a adesão do operariado e restrita às cidades de Natal, Recife e Rio de Janeiro, a rebelião foi rápida e violentamente contida. A partir daí, forte repressão se abateu não só contra os comunistas, mas atingiu todos os opositores do governo. Milhares de pessoas foram presas em todo o País, inclusive deputados, senadores e o prefeito do Distrito Federal, Pedro Ernesto Batista.
Um dos episódios do levante foi a tentativa de conquistar o Regimento de Aviação no Campo dos Afonsos, à época integrante do Exército, para ter aeronaves que pudessem bombardear o Rio de Janeiro.
As unidades legalistas da Vila Militar conseguiram instalar bombas na pista, impedindo que os aviões decolassem. Um assalto, realizado com carga de infantaria e apoio da artilharia, retomou as instalações revoltadas.
A Folha da Manhã, de São Paulo, publicou a 28 de novembro de 1935: “A Assembleia do Rio Grande do Sul aprovou, por unanimidade, moção de solidariedade ao presidente Getúlio Vargas.” Outras informações da mesma edição: “Virtualmente extinto o movimento subversivo. Os sediciosos batem em retirada. Presos os principais chefes da revolta. Vários oficiais mortos. Civis e militares feridos.”
O Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, destacou: “Governo dominou rapidamente o movimento armado na Escola de Aviação e na Praia Vermelha. Foram destruídos dois quartéis, sendo feitos inúmeros prisioneiros.”
Relatou ainda o Jornal do Brasil: “Do Morro da Viúva, no Rio de Janeiro, grande massa popular assistiu ao bombardeio contra o quartel da Praia Vermelha. O número de automóveis ali era considerável. Foi com viva emoção que a massa popular acompanhou o desenrolar da luta.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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