Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de novembro de 2020
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (30), a Polícia Civil gaúcha informou que testemunhas ouvidas no inquérito sobre a morte de um cliente do supermercado Carrefour da Zona Norte de Porto Alegre relataram que a vítima havia protagonizado incidentes dentro do estabelecimento onde acabou espancado e asfixiado por seguranças o dia 19 de novembro. O crime repercutiu internacionalmente.
Esses depoentes, especificados como “clientes e funcionários” teriam mencionado episódios em que João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, eventualmente importunava pessoas que faziam compras no local. “Estamos apurando que tipo de abordagens seriam essas”, frisou a titular da 2ª DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), Roberta Bertoldo.
Já a diretora do DHPP, delegada Vanessa Pitrez, ressalvou que tais informações ainda dependem de confirmação, inclusive por meio da análise de imagens registradas por câmeras de segurança do supermercado, localizado no encontro das avenidas Plínio Brasil Milano e Assis Brasil (bairro Passo D’Areia). “Tudo isso é importante e pode fazer diferença para compreender a dinâmica do evento”, afirmou.
Ambas fizeram questão de salientar, ainda, que essa parte da apuração não modifica a tipificação do crime como homicídio doloso qualificado, ou seja, um assassinato intencional e com agravantes. Elas detalharam, porém, que o conhecimento a respeito da motivação das agressões contra a vítima poderá ajudar inclusive a esclarecer uma das grandes questões que envolvem o caso: a vinculação – ou não – ao um suposto racismo.
Prisões
Até agora, três pessoas permanecem presas por envolvimento no caso. São elas os seguranças terceirizados Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges (de forma preventiva) e a fiscal do Carrefour Adriana Alves Dutra (em caráter temporário).
(Marcello Campos)