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Mundo Testes rápidos de coronavírus viram precondição para frequentar lugares públicos na Alemanha

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Existem 15 mil centros de testagem rápida em todo o país — mais de 1.300 somente em Berlim. (Foto: Maurício Vieira/Secom-SC)

Quer sair para comer fora na Alemanha? Faça um teste. Quer se hospedar em um hotel como turista ou se exercitar na academia? Faça um teste. Para os muitos alemães que ainda não foram vacinados contra covid-19, a chave para a liberdade veio da ponta de um cotonete nasal, e os postos de testagem rápida se multiplicaram a uma velocidade geralmente reservada para as estradas do país.

A Alemanha é um de um dos muitos países que apostam pesadamente em testes — bem como em vacinas — para vencer a pandemia. A ideia é encontrar pessoas potencialmente infecciosas antes que elas possam se juntar à multidão em salas de concerto e restaurantes e espalhar o vírus.

A nova realidade na Alemanha ainda está muito longe do que ocorre nos Estados Unidos hoje, onde em muitos lugares já é possível comer em ambientes fechados e frequentar academias de ginásticas com poucas ou nenhuma restrição. Mesmo no Reino Unido, onde o governo distribui testes rápidos gratuitos e só os estudantes fizeram mais de 50 milhões desde janeiro, esse relaxamento não fazem parte da vida cotidiana da maioria dos adultos.

Mas, na Alemanha, as pessoas que desejam participar de diferentes tipos de atividades sociais em espaços fechados ou de cuidados pessoais precisam de um teste rápido com resultado negativo em no máximo 24 horas.

Existem agora 15 mil centros de testagem rápida em todo o país — mais de 1.300 somente em Berlim. Os centros são financiados pelo governo, que gastou centenas de milhões de euros para esta finalidade. E uma força-tarefa liderada por dois ministros está garantindo que as escolas e creches tenham testes rápidos suficientes para administrar a crianças pelo menos duas vezes por semana.

Especialistas na Alemanha dizem acreditar que o teste está ajudando a diminuir o número de casos de vírus, embora as provas sejam imprecisas.

“Vemos que a taxa de infecção aqui está caindo mais rápido do que em outros países com números de vacinação semelhantes”, disse Ulf Dittmer, diretor de virologia do hospital universitário da cidade de Essen, no Oeste do país. “E eu acho que uma parte disso tem a ver com testes generalizados.”

Quase 23% dos alemães estão totalmente vacinados, o que significa que não precisam apresentar os resultados dos testes. Outros 24% que receberam apenas uma dose da vacina e os não vacinados ainda precisam apresentar um teste negativo, apesar de a média diária de sete dias estar em 20,8 infecções por 100 mil pessoas, um número tão baixo quanto no início de outubro, antes de uma nova onda se espalhar pelo país.

Durante toda a pandemia, a Alemanha foi líder mundial no que diz respeito a testes generalizados. Foi um dos primeiros países a desenvolver um teste para detectar o coronavírus e contou com testes para ajudar a identificar e interromper cadeias de infecção. No verão passado, todos que voltavam das férias em países com altas taxas de infecção estavam sendo testados.

A alta frequência de testes foi considerada especialmente importante devido ao início relativamente lento da campanha de vacinação na Alemanha. A União Europeia, da qual o país faz parte, teve problemas para comprar vacinas em bloco. Os EUA vacinaram totalmente uma fatia quase duas vezes maior de sua população.

O professor Dittmer disse que, embora os testes de antígenos sejam menos sensíveis do que os testes de PCR, que demoram mais para serem processados, eles são bons em detectar pessoas com altas cargas virais, que teriam maior risco de infectar outras.

O governo federal gastou 576 milhões de euros em seu programa de testes em março e abril. Os números de maio, quando explodiu o número de testes “faça você mesmo”, vendidos em supermercados e farmácias, ainda não foram divulgados.

Nas últimas semanas, os Estados alemães com poucos casos começaram a levantar alguns requisitos de teste, especialmente para atividades como comer ao ar livre, que são consideradas de menor risco. Mas outros estados continuam mantendo essa obrigatoriedade para atividades como pernoites para turistas, assistir a shows e comer em restaurantes.

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