Terça-feira, 21 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2020
Mesmo sem reconhecer a derrota, Trump autorizou equipe a disponibilizar informações a Biden.
Foto: Official White House Photo/Tia DufourO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aceitou nesta segunda-feira (23) dar início aos protocolos iniciais de transição de governo para a equipe do presidente eleito Joe Biden. O governo atual vinha bloqueando os protocolos de transição, enquanto Trump tenta provar que venceu as eleições. Ele não reconheceu a derrota, mas autorizou o início dos trabalhos.
A transição foi autorizada pela responsável pela agência federal de administração de serviços gerais dos EUA, Emily Murphy. No comunicado é informada a permissão para que a equipe de Biden passe a ter informações sobre o atual governo.
Emily Murphy vinha sendo pressionada tanto pela equipe vencedora como por congressistas. O argumento que parece ter sido mais convincente foi de que a demora representaria uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos.
O próprio Joe Biden se manifestou dizendo que até mesmo a distribuição de vacinas contra Covid-19 nos Estados Unidos poderia ser atrasada.
O presidente Donald Trump escreveu no Twitter ter concordado com os procedimentos iniciais de transição.
Conforme Trump, Emily Murphy estava sob ameaça e assédio. Mas ele continua não reconhecendo a derrota.
“Nosso caso continua fortemente, nós vamos lutar a luta justa e acredito que vamos vencer. Mesmo assim, pelo interesse do nosso país, estou recomendando que Emily e o time dela façam o que tiver que ser feito com relação aos procedimentos iniciais, e disse ao meu time para fazer o mesmo”, disse Trump nas redes.
A equipe vencedora, de Joe Biden e Kamala Harris, divulgou nota dizendo que a autorização é um passo necessário. Segundo eles, a necessidade inclui o enfrentamento de desafios, “incluindo o controle da pandemia e a recuperação da economia”. Conforme os democratas, trata-se de uma ação administrativa definitiva para iniciar formalmente o processo de transição.
Murphy teria tomado a decisão após os esforços de Trump para contestar a votação fracassarem nos Estados-chave, sendo um dos últimos, Michigan, que certificou a vitória de Biden nesta segunda-feira (23).
I want to thank Emily Murphy at GSA for her steadfast dedication and loyalty to our Country. She has been harassed, threatened, and abused – and I do not want to see this happen to her, her family, or employees of GSA. Our case STRONGLY continues, we will keep up the good…
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 23, 2020