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Por Redação O Sul | 9 de julho de 2020
A United Airlines, uma das principais companhias aéreas dos EUA fortemente afetadas pela pandemia, comunicou na quarta-feira (8) que está se preparando para, possivelmente, dispensar 36 mil funcionários da linha de frente dos Estados Unidos, o que corresponde a cerca de 45% da equipe, diante da baixa demanda por viagens.
O setor de aviação é um dos mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus em todo o mundo. A United é uma das principais companhias do mercado americano, o maior do mundo. Companhias brasileiras e latino-americanas também enfrentam dificuldades.
Diante deste cenário, as ações da United listadas em Nova York operavam com perdas de 3,35% na tarde de quarta. Nem todos os funcionários que notificados serão desligados, disse a United. O número final de postos de emprego cortados vai depender de como a demanda por voos vai evoluir e quantos funcionários vão aceitar pacotes de saída voluntária ou aderir a regimes de licenças temporárias.
Socorro federal
O pacote de redução do quadro de funcionários tende a começar em primeiro de outubro, quando expira a proibição imposta pelo governo de cortar empregos nas companhias aéreas, como parte das condições para o socorro federal bilionário ao setor.
“Os números projetados de desligamento da United Airlines são um soco no estômago, mas também são a avaliação mais honesta que já vimos sobre o estado da indústria”, disse Sara Nelson, presidente da Associação de Comissários de Voo-AWA (AFA), em comunicado.
A companhia aérea com sede em Chicago continua gastando cerca de US$ 40 milhões diariamente, com vários esforços para cortar custos e aumentar a liquidez, não compensando a queda drástica na demanda de viagens, à medida que os casos da Covid-19 continuam aumentando nos Estados Unidos.
Os avisos de desligamento variam de acordo com o grupo de trabalho. Os comissários de bordo estão entre os mais atingidos, com cerca de 15 mil dos cerca de 25 mil programados para receber as notificações.
“Mas o fato é que esses números projetados de licenças são maiores que o tamanho total da maioria das companhias aéreas principais há uma década”, disse Nelson, da AFA, referindo-se ao número de funcionários que as grandes companhias aéreas tinham antes das fusões.
A United está trabalhando com os diferentes sindicatos em opções para mitigar o número final de demissões. As informações são da agência de notícias Reuters.