Pleurite e dor no peito
A dor no peito é um sintoma que pode ser observado na Covid-19, como determinou a OMS. No entanto, o pesquisador Christopher Oleynick, da Universidade de Calgary, no Canadá, publicou um estudo com detalhes mais específicos com base na história de um paciente de 48 anos, com hipertensão e diabetes tipo 2.
Ele chegou ao pronto-socorro com uma dor no tórax, que tinha começado no dia anterior. Passou por uma avaliação e acabou diagnosticado com pleurite viral – inflamação na pleura, tecido que reveste os pulmões – por exclusão. Ao desenvolver febre alta e falta de ar, ele apresentou um resultado positivo para o Sars CoV-2.
Perda do olfato e do paladar persistente
A perda do olfato e do paladar já é um sintoma descrito pela OMS, mas os cientistas ainda estudam o período e outras evidências relacionadas que possam causar sequelas da Covid-19.
Um estudo publicado em 2 de julho na revista JAMA tentou descobrir qual é a evolução do sintoma a partir da infecção do Sars CoV-2 – e se ela se mantém persistente. Foram analisados 202 pacientes com a Covid-19.
Um mês após o começo da doença, 55 pacientes relataram que já sentir cheiros e gostos após a perda desses sentidos. Outros 46 disseram que o sintoma melhorou, mas 12 ainda não tinham o retorno do olfato e do paladar. As pessoas que apresentaram a persistência do problema não necessariamente permaneciam com a doença causada pelo novo coronavírus.
Problemas neurológicos em crianças
O Great Ormond Street Hospital for Children, em Londres, investigou se as crianças em Covid-19 também podem apresentar problemas neurológicos. Em outros estudos, como o que descrevemos sobre delírio, pacientes adultos com a doença apresentaram problemas relacionados ao cérebro.
Nesta pesquisa, também publicada na revista JAMA em 1º de julho, 27 crianças com síndrome inflamatória causada pela Covid-19 foram observadas. Quatro delas, que eram saudáveis antes da doença, apresentaram sintomas neurológicos de início recente. São eles: dores de cabeça, sinais no tronco encefálico e cerebelar, fraqueza muscular e reflexos reduzidos. Além disso, alterações no músculo do esplênio (do dorso) também ocorreram nos pacientes.