Terça-feira, 19 de março de 2024
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2019
A Ford anunciou nesta segunda-feira (20) que vai eliminar cerca de 10% de sua força de trabalho assalariada global, cortando cerca de 7 mil empregos até o final de agosto. A redução é parte de plano de reestruturação da segunda maior montadora de veículos dos Estados Unidos para economizar US$ 600 milhões por ano. As informações são do portal de notícias G1.
O presidente-executivo da Ford, Jim Hackett, disse em mensagem aos funcionários nesta segunda-feira que os cortes incluem saídas voluntárias e demissões, e um porta-voz disse à agência Reuters que a medida inclui congelamento de vagas abertas. Cerca de 2.300 das pessoas afetadas estão empregadas nos Estados Unidos, afirmou o porta-voz.
Alto escalão
Dentro dos cortes, Hackett disse que a companhia eliminará cerca de 20% dos gerentes de alto escalão em um movimento também para reduzir a burocracia e agilizar a tomada de decisões no grupo.
O plano de reestruturação da Ford ocorre ao mesmo tempo em que a empresa avança com sua aliança junto à Volkswagen. As montadoras vão compartilhar plataforma de picape, inclusive no Brasil, e de outros veículos no futuro.
Fechamento de fábrica no Brasil
Questionada se a medida anunciada nesta segunda vai afetar o país, a Ford do Brasil respondeu que “este é um anúncio global e ainda é prematuro dar mais detalhes sobre os próximos passos na região”.
Em fevereiro, a montadora anunciou o fim das operações de sua fábrica de caminhões de São Bernardo do Campo, onde trabalham cerca de 3 mil pessoas. Além disso, na unidade de Taubaté (SP), que produz motores e transmissões, 120 trabalhadores assinaram um plano de demissão voluntária.
No ABC Paulista, está aberta a possibilidade de a fábrica ser adquirida por outro grupo. A Caoa confirmou conversas com a Ford e com o governo de São Paulo para uma possível compra dos ativos.
GM e Volkswagen
Além da Ford, General Motors e Volkwagen também anunciaram grandes cortes de empregos em busca de melhores resultados financeiros.
A General Motors (GM) anunciou no fim do ano passado um plano para fechar fábricas e demitir trabalhadores na América do Norte. A companhia informou que pretende fechar 5 fábricas na América do Norte e cortar 15% do total de empregados, a fim de gerar economia de US$ 6 bilhões.
De acordo com a agência Associated Press, o plano pode levar à demissão de 14.700 trabalhadores. Além de diminuir a força de trabalho da dona da Chevrolet nos Estados Unidos e no Canadá, o processo vai reduzir a produção e encerrar a fabricação de alguns modelos.
O Grupo Volkswagen afirmou que vai cortar empregos a fim de acelerar o lançamento de carros elétricos e reverter queda em margens de lucro. A empresa disse que planeja lançar quase 70 novos modelos elétricos até 2028, para ficar na vanguarda da mudança do setor para carros de emissão de poluentes zero.