Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2019
Um menino de 3 anos teve parte do pênis amputada após fazer uma cirurgia de fimose em Malacacheta (MG). O pai da criança contou que o cirurgião não admitiu o erro e que ele só teve a confirmação quando transferiu a criança para um hospital de Teófilo Otoni, onde o menino foi submetido a uma cirurgia de reconstrução da parte que sobrou do membro.
“Lá, eu fui chamado para uma sala, onde me disseram: ‘Infelizmente houve a amputação do pênis do seu filho’. Aí eu fui pro chão, passei mal”, declarou o homem.
O médico responsável pela cirurgia de fimose, que é a retirada do excesso de pele no pênis, morreu em casa alguns dias após o procedimento, que ocorreu no Hospital Municipal Dr. Carlos Marx. A morte foi confirmada pela prefeitura de Malacacheta, que não divulgou as causas do óbito.
A Secretaria de Saúde informou que, além do cirurgião, participaram do procedimento um anestesista, um enfermeiro, um instrumentador e dois circulantes de sala. A Secretaria disse ainda que solicitou a abertura de um procedimento administrativo.
O pai explicou que, após pedir à enfermeira para trocar o curativo sujo de sangue, não conseguir visualizar o membro. “Eu deixei o meu filho no hospital e minha mãe ficou de acompanhante. Eu fui para uma reunião de trabalho e quando retornei soube que tinha algo errado. A cirurgia que deveria ter durado uns trinta minutos levou cerca de quatro horas. Quando tirou o primeiro esparadrapo, tinha tipo uma gaze enrolada simulando que o pênis estaria ali no meio. Tudo ensanguentado. Quando levantou a gaze não tinha pênis visível. Fiquei doido, falei que isso não era normal.”
O pai conta que chamou o médico de plantão, pois o profissional que tinha operado havia ido embora, e ele falou que não podia avaliar a criança porque não havia participado da cirurgia.
Como a criança continuava a reclamar de dores, no dia seguinte o pai assinou um termo de responsabilidade e transferiu ela, por conta própria, para o hospital de Teófilo Otoni.
Na unidade, o menino passou por procedimentos para avaliar o estado em que se encontrava e, em seguida, foi feita a reconstrução do coto. O pai conta que o laudo do segundo hospital apontou que houve laceração do prepúcio do menino e diz que somente no futuro saberá se o filho poderá recorrer a uma prótese. As informações são do site G1.