Sexta-feira, 10 de maio de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
16°
Light Rain

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Colunistas Quando tudo começou

Compartilhe esta notícia:

Geddel Vieira Lima (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Para entender o imbróglio que causou a queda do ministro Geddel Lima é preciso recordar um pouco da história política da Bahia – ou seja, por que o Iphan no cerne da crise.

Em 1972, o então governador ACM desapropriou a mansão de Clemente Mariani, seu adversário político e dono do Banco da Bahia, ao saber que ele vendeu a instituição para o Bradesco em vez de dar preferência para o banco dos Calmon de Sá, amigos dos Magalhães. ACM ainda conseguiu a canetada do Iphan à época e tombou todo o conjunto no chamado Morro do Clemente. O resto é que o que se sabe desde ontem.

Agravante

Caso suba (está na base), o prédio de Geddel é o único do bairro que vai devassar a vista da chácara com mata atlântica intacta há mais de 40 anos.

Morro nobre

O Morro do Clemente fica em área nobre, com 100 mil metros quadrados de vegetação nativa e em frente ao Yacht Club. E os Mariani não querem especulação por ali.

Biografia

O falecido patriarca, Clemente Mariani, foi mais longe politicamente que Geddel. Foi ministro da Educação (Governo Dutra) e ministro da Fazenda (Governo Jânio).

Cotados

Desde que a carta de demissão de Geddel chegou ao Planalto houve correria de aliados do presidente Michel Temer pela vaga. Os cotados, até ontem, eram Rogério Rosso (líder do PSD), André Moura (líder do governo na Câmara), Darcísio Perondi (da cota de Eliseu Padilha). O PMDB exige a vaga, e criou atritos com outros partidos.

Plano B

É tamanha a dor de cabeça na cúpula do governo que Temer não descarta fazer do chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o super-ministro (era o Plano A quando assumiu o Planalto) e manter a estrutura abaixo de Geddel como apoio a Padilha.

Sondados

Da turma que não pediu a vaga, mas foi sondada, estão os deputados Baleia Rossi (SP), além de Pauderney Avelino e Rubens Buenos, respectivos líderes do DEM e do PPS. A última palavra será dada pelo chefe da Casa Civil.

PCdoB do B

Parte do PCdoB – o que era indiferente à Dilma Rousseff – defende entrada no governo Temer. O grupo é capitaneado por Aldo Rebelo, que almeja o Meio Ambiente.

Risco total

Ao defender Geddel Lima e passar recibo sobre pressão, o presidente Temer mostrou que há um consórcio de compadres inquilinos do Palácio em interesses próprios.

Hipster no sal

A direção da Polícia Federal proibiu o policial Lucas Valença, o “hipster da Federal”, de aparecer na mídia. Decisão baseada na Portaria 490 da instituição. Com coque samurai e “barba lenhador”, Lucas ficou conhecido por conduzir Eduardo Cunha ao jato da PF.

Efeito paralelo

Um dos maiores entusiastas da reforma tributária, o deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR) passa um perrengue porque propôs desonerações para setores. A PF descobriu um e-mail do filho de Jorge Gerdau, alvo da Zelotes, de apoio a Kaefer, que nada tem a ver com a operação. “Trabalhar demais faz mal a deputado”, brinca Kaefer.

Giroflex ligado

Há uma semana as associações que representam os policiais militares dialogam e até se reúnem, preocupadas com a reforma da Previdência. A última vez que a categoria fez greve geral foi no início do governo Dilma e foi um caos em vários Estados.

Do hospital

A Coordenação de Emergência Regional avisa que Garotinho não ficou em ambulatório com oito pacientes e que o protocolo de entrada foi feito por equipe de socorro dos bombeiros, não pela esposa Rosinha Matheus. A Coluna reforça que Rosinha e filha acompanharam o procedimento e ficaram na fila, como outros mortais, à espera de vaga.

Ponto Final

E o Iphan tombou Geddel Lima, vendido em liquidação na Black Friday.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Colunistas

Mais um patrulhamento
VALOR DO VOTO
https://www.osul.com.br/quando-tudo-comecou/ Quando tudo começou 2016-11-26
Deixe seu comentário
Pode te interessar