Armando Burd Temer no banco dos réus

A situação de Temer se agravou mais desde 17 de maio com a delação da JBS. (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

Será difícil o Tribunal Superior Eleitoral não condenar a chapa Dilma/Temer em julgamento que recomeça hoje. A ação foi impetrada pelo PSDB em 2015, sob alegação de abuso do poder político e econômico. As evidências são claras: 1) marqueteiros e o tesoureiro da campanha estão presos; 2) grandes empresários confessaram ter pago propina na forma de doação; 3) milhões foram descobertos em contas no Exterior; 4) nunca houve a revelação de tantos elementos de fraude eleitoral na história do País.

A situação de Temer se agravou mais desde 17 de maio, quando foram divulgadas gravações de conversas com o mega-delator Joesley Batista, dono da JBS.

Diante de tudo isso, como supor que não houve crime?

Não escapará de críticas

Há várias possibilidades no Tribunal Superior Eleitoral: 1) ocorrer o pedido de vista por algum ministro, adiando a decisão; 2) a condenação ou a absolvição; 3) a segmentação da chapa, com a penalização da titular e a absolvição do candidato a vice, Michel Temer.

Qualquer que seja a decisão, fará recair sobre o Tribunal a interpretação de perseguição ou favorecimento. Consequência do momento mais tenso e tumultuado da era republicana no País.

Sem radicalizar

O diretório estadual do PSDB decidiu, ontem à noite, subir no muro mais uma vez. O objetivo do encontro era formalizar o pedido de entrega dos cargos que ocupa no governo federal. Um discurso inflamado em favor do presidente Temer fez os 220 participantes, entre deputados, prefeitos, vereadores e lideranças, manterem o quadro como está por mais algumas semanas.

Vai passar

Após festival de equívocos, o governo enviou à Assembleia Legislativa projeto de venda ou federalização da CEEE, CRM e Sulgás. As medidas estão vinculadas à liberação de ajuda financeira da União ao Estado, e por isso, terá os votos necessários em plenário para aprovação.

O que debater 

Treze deputados estaduais viajam para Foz do Iguaçu, onde se realizará a partir de amanhã a 21ª Conferência Nacional dos Legislativos. O evento terá 1.500 participantes e o tema será O Brasil e suas reformas.

Deveria começar com a busca de respostas à pergunta: o que são hoje os governadores? Sabe-se, pela evidência dos fatos, que pouco mais do que administradores da folha de pagamento. Passam o mês perguntando ao secretário da Fazenda se haverá dinheiro para honrar os compromissos com os servidores. Essa situação deveria fazê-los defensores mais insistentes da reforma tributária. O sistema atual só permite ao governo federal encher os bolsos. Simplificado o sistema, haveria mais transparência e ingresso de recursos, permitindo-lhes o cumprimento das promessas de campanha.

Contradição brutal 

O Brasil, com o décimo maior Produto Interno Bruto do mundo, é a 123ª pior economia do mundo para a realização de negócios. A conclusão é de pesquisa, abrangendo 190 países, feita pelo Banco Mundial que todos os anos divulga o relatório Doing Business. A meta é classificar os que têm menos entraves. Consideram para apuração do índice geral itens como condições para abertura de empresas, oferta de eletricidade, registro de propriedade, obtenção de crédito, proteção ao investidor minoritário, cumprimento de contratos e pagamento de tributos, entre outros.

Deu no site

Governo federal e oposição divergem sobre calendário da reforma da Previdência. Ninguém imagina que um dia concordarão sobre o assunto.

É de almanaque 

Para ser incluída na Série O Impossível Acontece: sessão solene do Congresso vai promulgar Proposta de Emenda Constitucional que libera a vaquejada. A tradição nordestina é uma crueldade com os animais.

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