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Brasil 29 integrantes do governo Dilma foram espionados pelos Estados Unidos

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Planalto (Foto: José Cruz/ABR)

O site WikiLeaks, que nos últimos anos vem revelando documentos sigilosos da diplomacia norte-americana, revelou que 29 linhas do governo petista foram monitoradas pela NSA (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, na sigla em inglês).

A divulgação ocorreu no sábado, menos de uma semana após a primeira visita oficial da presidenta Dilma Rousseff à Casa Branca desde o primeiro vazamento da prática de espionagem contra telefones e e-mails do governo brasileiro, em 2013. Na época, Dilma reagiu ao escândalo cancelando sua viagem a Washington e protestando na Assembleia-Geral da ONU em Nova York.

A nova lista é classificada pela NSA como ultrassecreta e diz respeito a 2011. Dentre os alvos estão Dilma, ministros, diplomatas e assessores. A relação inclui o ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, o atual ministro do Planejamento Nelson Barbosa (que ocupava o cargo de secretário-executivo da Fazenda) e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional José Elito Siqueira, além do então subsecretário de Meio Ambiente Luiz Alberto Figueiredo, atual embaixador nos Estados Unidos.

Não escaparam nem mesmo uma secretária e um assessor pessoal da presidenta, bem como escritórios de embaixadas, diretorias do Banco Central e até residências de diplomatas.

Manipulação

Apesar de mostrar como as comunicações de Dilma e de seus principais assessores foram espionadas, o primeiro documento do WikiLeaks sobre o assunto, em 2013, havia sido configurado para ocultar quem eram os alvos específicos da arapongagem no Brasil. O novo vazamento se diferencia justamente por ir além, apresentando nomes e cargos.

Um dos softwares utilizados pela NSA é o chamado DNI Selectors, que captura tudo o que o usuário faz ao navegar na internet, incluindo sites visitados e conteúdos de e-mails. O programa atribuiu à presidenta o código “S2C42”, relacionado à arapongagem de questões políticas brasileiras.

Já o código “S2C51”, vinculado a tópicos de evolução financeira mundial e a dados de três presidentes frances, também serviu para indicar a vigilância de membros diretos do governo, sobretudo no início do primeiro mandato de Dilma, em 2011.

Na avaliação do ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, mesmo com esse detalhamento mais recente, “trata-se de um episódio superado”. A sua posição corrobora as mais recentes manifestações de Dilma, que teve grampeado o telefone via satélite do avião presidencial e pelo menos quatro números de seu gabinete no Palácio do Planalto, conforme as informações reveladas no sábado pelo WikiLeaks. “O colega Barack Obama me prometeu que, se quiser saber qualquer coisa sobre o Brasil, ligará para mim”, brincou Dilma em entrevista na Casa Branca, na terça-feira, ao lado líder norte-americano.

Comunicado

Ainda no sábado, o australiano Julian Assange, fundador e editor-chefe do WikiLeaks, lançou um comunicado no site. Recluso há três anos na embaixada do Equador em Londres, ele levantou suspeitas sobre informações privilegiadas de Washington para beneficiar grupos norte-americanos em concessões futuras na área brasileira de infraestrutura.

“Se a presidenta pretende obter mais investimentos dos Estados Unidos como resultado de sua recente visita à Casa Branca, segundo ela própria tem afirmado, como ela conseguirá assegurar às empresas do seu próprio país que as companhias norte-americanas não obtêm vantagens proporcionadas por toda essa vigilância? Até que ponto ela poderá realmente garantir que a espionagem parou, não apenas sobre ela e seus subordinados, mas também sobre todas as questões envolvendo o Brasil?”, questionou Assange.

“Nossa publicação de hoje mostra que os Estados Unidos ainda têm um longo caminho a percorrrer para comprovar que a vigilância sobre governos amigos chegou ao fim.”

Na tentativa de deixar a Inglaterra, Assange chegou a encaminhar um pedido de asilo político em Paris. A carta dirigida ao presidente francês François Hollande ganhou espaço em jornais tradicionais como o Le Monde. Na sexta-feira, porém, a solicitação foi rejeitada. (AG)

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https://www.osul.com.br/29-integrantes-do-governo-dilma-foram-espionados-pelos-estados-unidos/ 29 integrantes do governo Dilma foram espionados pelos Estados Unidos 2015-07-05
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