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Brasil 83% dos imunizantes aplicados no País são CoronaVac

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Indicação precisa ser avaliada pelo Ministério da Saúde e órgãos envolvidos no Plano Nacional de Imunização. (Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini)

A dependência dos brasileiros em relação à CoronaVac é menor, por exemplo, do que a dos chilenos. No país andino, onde até 10 de abril haviam sido aplicadas 12,03 milhões de doses, 88,20% eram da Sinovac, e 11%, da Pfizer / BioNTech. Os dados estão disponíveis no site Our World in Data, da Universidade de Oxford.

Na vizinha Argentina, estão disponíveis vacinas de três fabricantes, enquanto Equador, Paraguai e Peru contam apenas com uma opção cada um, segundo o site. Os percentuais aplicados de cada vacina nesses países não estão disponíveis.

Já em mercados de mais alta renda, como os Estados Unidos e a Alemanha, a diversidade de vacinas é maior e a participação das chinesas Sinovac e Sinopharm é nula. Em ambos os casos, a Pfizer é a líder em número de doses administradas, com 51% de participação nos Estados Unidos e 74% na Alemanha.

Desde o início resistente a adquirir a CoronoVac, o governo federal teve sua aposta na vacina da Oxford/AstraZeneca – produzida no país pela Fiocruz — prejudicada pela decisão da Índia de proibir a exportação do produto, lembra Marco Antonio Stephano, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP).

No fim de março, o governo indiano decidiu suspender temporariamente a exportação de vacinas contra a covid-19 para priorizar a imunização da população local. Segundo país mais populoso do mundo, a Índia ultrapassou ontem o Brasil, tornando-se o segundo país em número de casos confirmados da doença, atrás apenas dos Estados Unidos.

“Eles [a Índia] vão liberar apenas sobras ou excesso de produção”, diz Stephano, que em 2005 conheceu os laboratórios do Serum Institute of India, onde são produzidas doses da Oxford/AstraZeneca. De acordo com o professor da Universidade de São Paulo, os padrões de controle de qualidade adotados no instituto não deixam nada a dever àqueles adotados em instituições de países desenvolvidos.

Além da disputa política em torno das vacinas, que colocou em polos opostos o governador do Estado de São Paulo, João Doria, e o presidente Jair Bolsonaro, Stephano cita como erro de estratégia no combate à covid-19 o fato de não ter havido investimento maciço para desenvolver e produzir inteiramente no Brasil uma ou mais vacinas.

Melhor seria, argumenta o professor, investir de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões para não depender tanto de importações de matérias-primas fabricadas no exterior, algo que vem impondo limitações à produção do Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Stephano frisa que há no país pelo menos cinco empresas farmacêuticas privadas com condições de produzir vacinas. As fábricas do Butantan e da Fiocruz em construção deverão estar prontas no segundo semestre mas ainda precisarão passar por um processo de certificação que deve durar seis meses, ressalta o especialista.

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