Quarta-feira, 10 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2016
O microblog do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Twitter teve um “boom” de seguidores no fim do ano passado, quando ele deflagrou o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, foi alvo de operação da Polícia Federal e de um pedido de afastamento feito pela Procuradoria-Geral da República.
Em julho, poucos dias após ter claramente se declarado oposição ao governo Dilma, cerca de 132 mil pessoas acompanhavam a página do peemedebista. Esse número subiu para 148 mil em novembro. Um mês depois alcançou a marca de aproximadamente 162 mil – uma alta quase que equivalente ao registrado no período de julho a novembro.
Responsabilidade compartilhada entre o próprio Cunha e a assessoria do deputado, as publicações da página dele no Twitter ganharam projeção e agora chamam atenção não só de eleitores do peemedebista, como evangélicos, mas também do mercado financeiro e de quem defende a saída de Cunha. O perfil dele na rede social tomou ares mais profissionais no começo de 2015, quando venceu o PT na eleição à presidência da Casa.
Pesquisador do comportamento de deputados no Twitter, o professor do departamento de Ciência Política da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Jamil Marques, disse que, apesar de críticas, de acusações e provocações a Cunha na rede social, o deputado consegue “emplacar” o seu lado de tudo: se defende, opina, ataca o Palácio do Planalto e o PT e vira notícia. Nos últimos meses, ele passou a inclusive “retuitar” textos de perfis anti-governo, em uma tentativa de inflamar o processo de impeachment.