Domingo, 27 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2025
De janeiro a junho de 2025, 31 cavalos foram entregues para adoção.
Foto: Jaqueline Moura/EPTC/PMPAA Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) alerta para os riscos provocados por cavalos soltos nas ruas de Porto Alegre e reforça que segue com o programa de adoção responsável de animais.
De janeiro a junho de 2025, 31 cavalos foram entregues para adoção, após serem recolhidos em ações de fiscalização. Todos os animais são tratados, microchipados e identificados antes de serem disponibilizados.
O microchip, do tamanho de um grão de arroz, possui um número único de identificação, que não pode ser alterado ou removido. Ele é implantado sob a pele, geralmente na região do pescoço, sem causar danos à saúde do animal. As informações são lidas por um scanner e gerenciadas por meio de software, o que facilita o controle e monitoramento.
“Os cavalos que passam pelo abrigo da EPTC são registrados permanentemente. Com essa identificação individual, garantimos um acompanhamento mais eficiente do histórico e do bem-estar dos animais”, destaca o diretor-presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto.
Durante o inverno, o abandono de equinos costuma ser mais frequente, devido à escassez de pastagem e ao aumento do custo da alimentação. Entre janeiro e junho, a EPTC recolheu 126 cavalos em áreas de circulação proibida ou em situação de maus-tratos.
Destes, 76 foram devolvidos aos seus responsáveis. Ao menos 13 animais recolhidos neste ano já haviam sido retirados das ruas anteriormente, o que só foi possível identificar graças ao microchip, que caracteriza os casos de reincidência.
Atualmente, o abrigo conta com 49 cavalos, dos quais 46 estão aptos para adoção. Todo o processo é acompanhado pela EPTC, que realiza visitas anuais às famílias adotantes para verificar os cuidados dos animais. Em 2025, já foram feitas 16 vistorias pós-adoção.
Para adotar, o interessado deve possuir espaço adequado e se cadastrar por meio da Carta de Serviços da Prefeitura de Porto Alegre, para assumir a guarda legal do animal como fiel depositário. Os cavalos adotados não podem ser utilizados para trabalho de tração – como carroças, charretes ou arados – nem para práticas esportivas, como saltos e corridas.
A visitação ao abrigo é permitida mediante agendamento. O espaço está localizado na rua Crispim Antônio Amado, 1266, bairro Lami. Informações sobre adoção podem ser solicitadas pelo e-mail adote@eptc.prefpoa.com.br.
O abrigo da EPTC conta com infraestrutura adequada: caminhão com guincho munck – capaz de transportar até cinco cavalos, baias de alvenaria para equinos debilitados, assistência veterinária, área de pastagem, cocho de alimentação, bebedouro e equipe dedicada ao tratamento e cuidado dos animais.
Segundo a legislação vigente na cidade o uso de veículos de tração animal (VTA) é permitido apenas em áreas específicas do Extremo Sul e regiões das Ilhas de Porto Alegre, e somente em rotas e baias autorizadas pelo Executivo Municipal.
A Equipe de Fiscalização de Veículos de Tração Animal (EFVTA) da EPTC é responsável por recolher animais soltos, fiscalizar o uso de carroças e apurar denúncias de maus-tratos, além de promover a guarda e adoção dos equinos.
Em casos de abandono ou maus-tratos, a população pode denunciar por meio da Central de Atendimento ao Cidadão 156 (opção 1) ou pelo número 118. O atendimento funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive em feriados. Se constatada a irregularidade, o animal é recolhido e levado ao abrigo na Zona Sul, onde recebe alimentação, cuidados veterinários e, se recuperado, pode ser encaminhado para adoção.
Em 2024, a EPTC recebeu 640 chamadas envolvendo cavalos: 29 por maus-tratos, 292 por animais soltos nas ruas, 23 relacionadas a veículos de tração animal, além de outros serviços.