Terça-feira, 19 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 18 de agosto de 2025
Uma mulher de 33 anos foi denunciada à Justiça no município de Ivoti (Vale do Sinos), por exercício ilegal da profissão de psicóloga, além do crime de falsidade ideológica. Ela atendia até crianças e adolescentes. No dia 22 de agosto, terminará o prazo para que apresente resposta à acusação, formulada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).
De acordo com inquérito realizado pela Polícia Civil, no período de 2023 a 2025 a investigada prestou atendimento clínico a pacientes mesmo sem ter registro profissional no Conselho Regional de Psicologia (CRP) gaúcho ou de qualquer outro Estado. Ela sequer possui formação acadêmica na área.
A fraude abrangeu as cidades de Porto Alegre, Canoas e Guaíba (ambas na Região Metropolitana da Capital), emitindo diagnósticos, prestando orientações e efetuando encaminhamentos de pacientes, inclusive crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Além de exercer ilegalmente a profissão, a mulher também utilizava indevidamente o número do registro profissional de uma psicóloga regularmente inscrita no entidade da categoria, confeccionando carimbos profissionais com dados falsos e divulgando sua imagem como profissional da Psicologia em redes sociais e eventos.
“Danos irreparáveis”
Os documentos emitidos por ela induziam famílias e instituições ao erro quanto a sua habilitação legal. A promotora Marcéli da Silva Serafim Preis acrescenta:
“Com sua conduta, a denunciada atingiu número considerável de famílias vulneráveis e que buscavam encaminhamentos para tratamento de transtornos do neurodesenvolvimento, de modo que provocou danos irreparáveis aos menores atendidos, considerando-se o tempo de não intervenção adequada e o manejo desqualificado, além do dispêndio financeiro”.
(Marcello Campos)
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