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Por Redação O Sul | 19 de junho de 2017
Um mês e meio após o governo redirecionar 2,54 bilhões de reais do Minha Casa, Minha Vida para socorrer a linha de crédito imobiliário Pró-Cotista, que havia sido interrompida, a Caixa Econômica Federal voltou a suspender esses financiamentos por falta de recursos.
O orçamento inicial de 2017 para a linha era de 5 bilhões de reais, montante aprovado em outubro do ano passado pelo Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
No início de maio, como mais de 60% desse montante já estava contratado e o restante em fase de análise, o Ministério do Planejamento remanejou para a Pró-Cotista boa parte dos recursos que seriam direcionados para a faixa de renda mais alta do Minha Casa, Minha Vida.
Esses R$ 2,54 bilhões adicionais, segundo a Caixa, já foram contratados ou estão em fase de análise, e por isso a linha voltou a ser interrompida.
“A Caixa Econômica Federal informa que estão suspensas as contratações de novas operações da linha de crédito Pró-Cotista Recursos FGTS, em razão do comprometimento total do orçamento disponibilizado pelo Conselho Curador do FGTS para o exercício de 2017”, afirmou o banco em nota.
Previsão
A Caixa, que empresta esses recursos diretamente e por meio de bancos privados, afirmou que não há previsão de novos aportes para a linha.
O PróCotista tem tido muita demanda desde o ano passado, devido à escassez de recursos de fontes com taxas de juros equivalentes, como a caderneta de poupança.
A linha PróCotista só pode ser acessada por trabalhadores com pelo menos três anos de vínculo com o FGTS. Além disso, eles precisam estar trabalhando ou ter saldo na conta do FGTS de pelo menos 10% do valor do imóvel.
Os juros variam de 7,85% (para clientes que tenham débito em conta ou contasalário) a 8,85% ao ano. O valor máximo dos imóveis a serem financiados é de R$ 950 mil para Minas, Rio, São Paulo e Distrito Federal e de R$ 800 mil no restante do país. Não há limite de renda familiar.
FGTS
O banco nega que os saques de contas inativas do FGTS tenham influenciado no esgotamento de recursos, já que a decisão sobre o orçamento da linha foi tomada antes da medida que autoriza as retiradas.
No entanto, a avaliação do governo é de que houve um impacto indireto, pois sem as autorizações para a movimentação das contas inativas haveria um espaço maior para liberar novos recursos sem a necessidade de redirecionamento de outras linhas de crédito.
Feirão
A Caixa Econômica Federal realiza, de 23 a 25, o Feirão CAIXA da Casa Própria. Considerado o maior do ramo imobiliário, o evento contará, em 2017, com mais de 30 mil imóveis novos e usados, que serão ofertados em todas as modalidades de crédito habitacional do banco.
Para o vice-presidente de Habitação da CAIXA, Nelson Antônio de Souza, o Feirão é a melhor oportunidade para se comprar um imóvel. “O Feirão se consolidou por promover a realização do sonho da casa própria e alavancar o mercado imobiliário. O evento proporciona também a concretização de mais negócios para o setor da construção civil e contribui para o desenvolvimento da economia”, esclarece o vice-presidente.
No primeiro fim de semana do evento foram realizados R$ 10,2 bilhões em negócios. O Feirão recebeu mais de 191 mil visitantes e foram fechados ou encaminhados 51.436 contratos nas onze cidades por onde o evento passou: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP), Belém (PA), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Salvador (BA), Goiânia (GO) e Uberlândia (MG).
O encerramento do Feirão CAIXA da Casa Própria será no próximo final de semana nas cidades de Brasília (DF), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE). Neste segundo final de semana, estarão participando do evento 177 empresas parceiras, 75 correspondentes e terá com cerca de 730 empregados CAIXA envolvidos no evento. (Folhapress e Caixa)