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Por Redação O Sul | 2 de março de 2020
Nessa segunda-feira, o Exército da Coreia do Norte disparou dois mísseis de curto alcance que caíram no mar, em sua Costa Leste, ao retomar os testes balísticos do país asiático após uma pausa de três meses. A acusação é de militares da vizinha Coreia do Sul.
Os mísseis foram lançados da cidade costeira oriental de Wonsan. Eles percorreram 240 quilômetros e atingiram 35 quilômetros de altitude, segundo o governo de Seul. A Coreia do Norte já havia lançado uma série de mísseis da região no passado, mas esse foi o primeiro lançamento desde novembro.
A Coreia do Sul avalia que a ação ameaça a comunidade internacional e, por isso, fez uma videoconferência de emergência com ministros de agências relacionadas para analisar o teste mais recente. Assim declararam as autoridades de Seu, em um comunicado oficial:
“Os ministros expressaram forte preocupação com a retomada da Coreia do Norte de lançamentos de mísseis de curto alcance. Tais ações são inúteis para os esforços para aliviar as tensões na península coreana e instaram a Coreia do Norte a pará-las. O Exército monitora outros possíveis lançamentos e está preparado”.
A Coreia do Sul e os Estados Unidos decidiram indefinidamente adiar exercícios militares conjuntos em meio a um crescente surto de coronavírus na Coréia do Sul (mais de 4 mil casos) que infectou soldados de ambos os países aliados.
Histórico recente
Em dezembro, a Coreia do Norte executou uma série de disparos, o último deles em novembro. Em várias ocasiões, o governo de Pyongyang anunciou lançamentos de mísseis balísticos ou testes do “sistema de lançamento múltiplo de foguetes teleguiados de grande calibre”. Em dezembro, o país também testou um motor.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, anunciou na época o fim da suspensão dos testes nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais durante uma reunião de altos funcionários do partido único na Coreia do Norte. Também ameaçou exibir uma “nova arma estratégica”.
Pyongyang já testou mísseis capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos. A Coreia do Norte executou seis testes nucleares, o último deles envolvendo um dispositivo supostamente 16 vezes mais potente que a bomba atômica norte-americana que devastou a cidade de Hiroshima (Japão) em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial.
Após um período de tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte, a península coreana registrou momentos de distensão em 2018. Ocorreram reuniões históricas entre Kim e o presidente norte-americano, Donald Trump. Mas as negociações sobre o fim do programa nuclear norte-coreano estão paralisadas desde a segunda reunião de cúpula entre os dois governantes, em fevereiro de 2019, em Hanói (Vietnã).