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Mundo A fuga do ex-executivo da Nissan e da Renault Carlos Ghosn intriga as autoridades e despertou a curiosidade do mundo inteiro

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Ghosn estava sob vigilância 24 horas por dia e teve seus passaportes retidos pela Justiça japonesa. (Foto: Reprodução/Twitter)

Mas, afinal, como Carlos Ghosn conseguiu sair do Japão? A fuga do ex-titã da indústria automobilística que virou inimigo público número 1 dos japoneses intriga autoridades e despertou a curiosidade do mundo inteiro. Ghosn estava sob vigilância 24 horas por dia e teve seus passaportes retidos pela Justiça japonesa.

Ainda há mais perguntas do que respostas. E algumas das teorias mais mirabolantes – como a de que ele teria escapado dentro de uma caixa de instrumento musical após assistir a um concerto privado de Natal em seu apartamento em Tóquio, onde cumpria prisão domiciliar – já foram desmentidas pela mulher de Ghosn, Carole.

Nesta quinta-feira (2), em um curto comunicado distribuído por sua assessoria de imprensa, o ex-titã da indústria automobilística Carlos Ghosn afirmou que arquitetou “sozinho” sua fuga do Japão para o Líbano, negando assim qualquer participação de sua família.

“As alegações nos meios de comunicação segundo as quais minha esposa Carole e outros membros de minha família teriam desempenhado um papel na minha partida do Japão são falsas e mentirosas. Eu organizei sozinho a minha saída. Minha família não teve nenhum papel”, explicou Ghosn em um curto comunicado.

Nascido no Brasil, o ex-executivo de 65 anos tem cidadania brasileira, libanesa e francesa. Reportagem do jornal francês Le Monde, citando pessoas com conhecimento do assunto que não quiserem se identificar, afirma que Carole Ghosn organizou a fuga do marido com a ajuda de seus irmãos e de alguns contatos na Turquia. Ghosn teria entrado no Líbano com uma carteira de identidade.

Nesta quinta, a polícia japonesa fez uma operação na residência onde o ex-executivo cumpria prisão domiciliar em Tóquio. Ao mesmo tempo, a Interpol (polícia internacional) emitiu uma ordem de prisão de Ghosn, que foi entregue às autoridades no Líbano. Já na Turquia, as autoridades anunciaram a prisão de ao menos sete pessoas na tentativa de elucidar as circunstâncias da fuga  para o Líbano, via Istambul, do ex-titã da indústria automobilística.

Segundo o “Wall Street Journal”, o plano de fuga foi elaborado por uma equipe especialmente criada para este fim, com o apoio de cúmplices no Japão. De maneira ainda desconhecida, Ghosn foi retirado do apartamento e levado a um aeroporto.

Analisando dados de rastreamento de voos, o jornal americano identificou apenas uma rota que coincide com a jornada de Ghosn entre o Japão e o Líbano nesta data.

Um jato privado da Bombardier deixou o Aeroporto Internacional de Kansai, perto de Osaka – a cerca de seis horas de viagem de carro de Tóquio – no domingo, às 23h10min pelo horário local.

O avião chegou na manhã de segunda-feira (30) no Aeroporto Ataturk, em Istambul. Um jato menor decolou pouco mais de meia hora depois, rumo a Beirute.

Espaço aéreo russo

O que chama atenção é que o primeiro voo fez uma rota mais longa que o habitual, indo em direção norte para cruzar apenas o espaço aéreo russo a caminho da Turquia. Em outro mistério, não se sabe se, e como, Ghosn passou pela imigração no Japão e na Turquia.

A agência de notícia Reuters noticiou que a fuga foi detalhadamente planejada ao longo de três meses, sob a supervisão de uma empresa de segurança privada.

Poucas pessoas tinham conhecimento do plano. E até mesmo o piloto desconhecia a presença de Ghosn na aeronave que o levou para Turquia.

“Ghosn with the wind”

O jornal britânico Guardian afirmou que autoridades libanesas foram orientadas por políticos locais a ignorar exigências e formalidades no desembarque de Ghosn em Beirute.

Qualquer que tenha sido a estratégia de fuga de Ghosn, sua saída espetacular do Japão já virou piada na internet. O empresário americano Elon Musk, dono da Tesla e conhecido pelos seus comentários espirituosos no Twitter, não perdeu tempo e tuitou: “Carlos Gone” (Carlos se foi, numa tradução livre).

Outros internautas aproveitaram a deixa: “Ghosn, Ghosn Gone” e “Ghosn with the Wind” (numa referência ao filme “O vento levou”, no inglês “Gone with the wind”. É que “gone” e Ghosn são palavras com a mesma pronúncia.

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