Domingo, 27 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 1 de maio de 2023
Acidentes domésticos estão entre as maiores causas de mortes de crianças e adolescentes com idade entre zero e 14 anos, segundo dados preliminares do Ministério da Saúde. No ano passado, foram 8,6 mil, nessa faixa etária, no Brasil, o que corresponde a uma média de 23 óbitos por dia.
Apesar das muitas armadilhas, as soluções são preventivas e podem ajudar a evitar dramas familiares. O pediatra Daniel Becker alerta para alguns dos maiores perigos de cada faixa etária, listados também pelo Ministério da Saúde.
Maiores perigos
– Queda: o primeiro acidente da vida de uma criança geralmente é a queda do trocador ou queda da cama dos pais. Com três e quatro meses, ela começa a conseguir rolar. A recomendação é não se colocar kit-berço, almofadinhas, travesseiros, cobertores soltos, nada que pode interferir com a respiração, o berço seguro é: criança, colchão e lençol que envolve o colchão, nada mais.
– Engasgo: ele acontece especialmente a partir dos seis meses. É preciso evitar alimentos duros e pequenos. Não pode ter ração de bicho no chão com uma criança engatinhando em casa.
– Intoxicação e ferimentos: evitar comprimidos e gavetas na altura da criança, que ela possa abrir. Pode ter faca, agulha, remédios e produtos de limpeza.
– Queimadura: a criança deve ficar longe da cozinha. Caso ocorra, leve para água corrente e fique de 5 a 10 minutos na água corrente, porque a queimadura continua ocorrendo depois que a criança queimou.
– Afogamento: boias promovem afogamento, então é preciso usar colete salva-vidas infantil. E sempre atenção com a circulação solta de crianças em casa que tem piscina, especialmente piscina não cercada.
“São cuidados relativamente simples, que não exigem nenhuma grande transformação da casa, nenhum grande esforço. É preciso só conhecimento e atenção”, explica Becker.
Outros cuidados
– Acidentes com animais domésticos: em caso de contato com animais, essa ação deve ser supervisionada.
– Autossegurança: ao sair de casa, conduza a criança pela mão de forma segura para que ela não se solte e corra para locais perigosos. Além disso, não permita que a criança brinque em locais com circulação de veículos.
– Choques elétricos: não permita que a criança brinque e solte pipa, papagaio ou arraia em locais onde há postes de luz e fiação elétrica.
– Acidentes de trânsito: após os 7 anos e meio, as crianças deixam de usar a cadeira de transporte infantil, mas devem continuar sentando no banco de trás do carro, presas por um cinto de segurança de três pontos. Somente crianças com mais de 10 anos podem sentar no banco da frente, sempre usando o cinto de segurança. As informações são do Jornal Hoje e do Ministério da Saúde.