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Por Redação O Sul | 3 de maio de 2017
A advogada brasileira, 36 anos, presa na terça-feira em Ciudad del Este, no Paraguai, suspeita de ligação com o mega-assalto à transportadora de valores Prosegur, foi expulsa do país vizinho e entregue à polícia brasileira. A operação foi feita na manhã desta quarta-feira na Ponte Internacional da Amizade, na fronteira com Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
De acordo com a ordem judicial, a determinação leva em conta o mandado de prisão expedido contra ela pela justiça paulista. A brasileira é uma das 54 pessoas investigadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Presidente Prudente (SP) na Operação Ethos por envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Ela estava foragida desde novembro de 2016.
A suspeita foi presa no apartamento onde estava morando com o companheiro, que também foi expulso por documentação irregular. No local, que fica no Centro da cidade, estavam também a mãe e o pai da brasileira. Ela disse que a filha é advogada criminalista e que auxilia presos doentes e confirmou que estava morando naquele endereço havia ao menos quatro meses.
“Ela é encarregada da administração geral do PCC [Primeiro Comando da Capital], responsável por administrar quantias de dinheiro reservadas para casos como o de prisão de algum integrante ou de feridos em confrontos. Agora vamos intensificar as investigações para demonstrar a participação direta dela neste caso do assalto à Prosegur”, comentou o subcomandante da Polícia Nacional, Bartolomeu Baez, logo após a prisão.
Nesta quarta, o chefe de comunicação da Polícia Nacional, Augusto Lima, disse, no entanto, que por enquanto ainda não há nada que prove a ligação dela com o roubo.
No mesmo dia do assalto, quando foram levados 11,7 milhões de dólares do cofre da empresa, o ministro do Interior do Paraguai, Lorenzo Lezcano, declarou acreditar que a metodologia usada no assalto pode ser atribuída ao PCC.