Sábado, 05 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 18 de agosto de 2020
O triste episódio envolvendo um ato de violência sexual contra uma menina de 10 anos levou um grupo de deputados bolsonaristas a reapresentar um projeto radical do então deputado Jair Bolsonaro, de 2013. Era filiado ao PP na época.
A proposta prevê aumento de pena para estupradores que cometerem esse crime contra menores e também a castração química do condenado como condicionante para progressão de pena.
A castração é um tratamento hormonal para bloquear a testosterona e reduzir a ereção, a libido e o desejo sexual.
Nas redes, os bolsonaristas não se sensibilizaram muito com a necessidade de a menina interromper a gravidez, caso previsto na lei. Preferiram focar na punição para quem comete esse tipo de crime.
Pelo menos três deputados do PSL, todos muito próximos a Bolsonaro, anunciam a reapresentação do projeto: o filho Eduardo Bolsonaro (RJ), Carla Zambelli (SP) e Filipe Barros (PR).
O projeto de Bolsonaro tramitou entre 2013 e 2020, quando ele deixou de ser deputado para assumir a Presidência da República. A proposta nunca avançou. Sempre parou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Três relatores escolhidos nesse período devolveram o projeto sem qualquer manifestação. O projeto era arquivado a cada final de legislatura.
Tio
O homem acusado de estuprar uma menina de 10 anos em São Mateus (ES), que foi preso na madrugada dessa terça-feira (18) em Betim (MG), confessou “informalmente” o crime à polícia a caminho do Espírito Santo, informou o superintendente da Polícia Regional Norte do Estado, Ícaro Ruginsk.
A criança, que realizou um procedimento de aborto na última segunda-feira (17) e tem quadro estável, relatou que o tio, de 33 anos, abusava dela desde que tinha 6 anos.
A polícia também confirmou a veracidade de um vídeo que circula nas redes sociais no qual o acusado, que será indiciado por estupro com agravamento da pena pela gravidez, pede que o material genético do feto, colhido pela Polícia Científica de Pernambuco, também seja comparado com o DNA do avô da menina e de um outro tio, que morariam na mesma casa.
O destino final do acusado ainda não foi determinado. Segundo a corporação, ele foi encontrado a partir do trabalho de Inteligência da polícia.
Antes de fugir para Betim, teria passado pela Bahia, de onde conseguiu fugir para Nanuque (MG), município próximo à divisa capixaba e baiana, e posteriormente para a casa de parentes em Betim, a 630 km de distância.
Com medo de “morrer”, segundo o próprio acusado afirmou à polícia, ele decidiu procurar as autoridades para se entregar. Em Vitória, ele foi levado ao Departamento Médico Legal (DML), onde passa por exames. Na sequência, os policiais o encaminharão para a delegacia de Vitória, onde ele será interrogado e seu destino final deve ser definido.