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Política Antes de tomar posse, o novo ministro das Relações Exteriores já conversou com presidentes das comissões de Relações Exteriores do Senado e da Câmara dos Deputados

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Carlos Alberto França, novo ministro das Relações Exteriores, tem estilo pragmático. (Foto: Reprodução)

Diplomacia é feita de conversas, costumam dizer representantes do Itamaraty. Fiel a essa espécie de mantra diplomático, o novo ministro das Relações Exteriores, Carlos França, não perde tempo. Antes mesmo de ser empossado, na próxima terça-feira, o homem escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para suceder Ernesto Araújo no cargo se comunicou com os presidentes das comissões de Relações Exteriores da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), e do Senado, Kátia Abreu (Progressistas-TO), para se apresentar e expressar sua disposição de manter um bom relacionamento com o Legislativo.

Ambas as conversas foram confirmadas ao jornal O Globo pelo deputado e a senadora, que elogiaram a trajetória profissional do novo ministro. Os contatos foram considerados mais uma boa sinalização de França, que tem causado impressão positiva entre colegas e, também, no mundo parlamentar. A designação do embaixador Fernando Simas Magalhães como secretário-geral do Itamaraty foi outro dos gestos que caiu bem no mundo da diplomacia.

Depois do ataque público de Ernesto à senadora Kátia Abreu, no domingo passado, o relacionamento entre o Congresso e o Itamaraty ficou estremecido. Em poucos dias, França conseguiu restabelecer o diálogo.

“Tenho recebido testemunhos da correta trajetória profissional do novo ministro, tendo ele servido como chefe de gabinete do conceituado embaixador Rubens Barbosa, em Washington, e se especializado no importante tema da integração energética”, afirmou Aécio.

O deputado disse ter informado o ministro sobre o convite da comissão para agendar uma audiência nas próximas semanas.Espero que a tradição da política externa brasileira, que passou por turbulências recentes, possa ser retomada com respeito, tolerância e equilíbrio, sem qualquer alinhamento automático ou preconceito ideológico. A Comissão de Relações Exteriores da Câmara está pronta para dar sua contribuição na busca desses objetivos”, acrescentou Aécio.

Depois de ter contado com a solidariedade de figuras de peso do Parlamento, entre elas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, após os ataques de Ernesto, a senadora Kátia Abreu disse que a primeira conversa com França “foi amigável”.

“Me coloquei à disposição para falarmos sobre pautas importantes que compartilhamos, como a questão das vacinas, relacionamento com a China e o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE). As referências que temos dele são muito boas”, afirmou a senadora.

Tanto Aécio quanto Abreu têm atuado nas negociações para conseguir mais vacinas ao Brasil. Os dois parlamentares se reuniram, nesta quinta-feira, com o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. O chefe da organização internacional prometeu ver o caso brasileiro e mandar uma missão da OMS ao país, se o governo Bolsonaro aceitar.

O tom moderado e estilo pragmático do novo ministro das Relações Exteriores geram expectativa no Itamaraty. Para sua escolha, confirmaram fontes diplomáticas, foi crucial a articulação do almirante Flávio Augusto Viana Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos do Palácio do Planalto – um dos nomes que circulou semana passada, diante da iminente saída de Araújo –, muito próximo de Bolsonaro.

O novo ministro e o almirante, conhecido por todos como Rochinha, trabalhavam juntos no Planalto e estabeleceram um bom relacionamento. França não era o nome preferido do círculo familiar de Bolsonaro, que tentou, sem sucesso, emplacar o nome do embaixador Luis Fernando Serra, à frente da sede diplomática em Paris.

Diante da resistência, por exemplo, entre parlamentares – comentou-se que Serra tinha um perfil radical, com posições complexas em matéria de meio ambiente e direitos humanos –, o nome de França ganhou relevância, com o apoio do almirante Rocha Viana. Ambos têm um estilo similar e, segundo fontes, se entendem muito bem. A questão, alertam analistas, é como fará o novo ministro para lidar com as cascas de banana que encontrará em seu caminho.

A expectativa por seu discurso de posse, semana que vem, é grande entre diplomatas. Muitos lembram que o primeiro discurso de Ernesto causou perplexidade. O ex-ministro disse coisas como “só o amor explica o Brasil”, comparou Olavo de Carvalho a Dom Quixote e declamou a Ave Maria em tupi. Por parte de França, disseram fontes diplomáticas, “espera-se um posicionamento profissional e apegado às tradições da casa”. As informações são do jornal O Globo.

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