Brasil Ao contrário do que foi anunciado esta semana, Paulo Maluf continua com risco de ser preso se sair do Brasil
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2016
Ao contrário do que foi anunciado esta semana, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e o seu filho, Flávio, continuam na lista de procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). A informação é do promotor Sílvio Marques, do Ministério Público de São Paulo.
Marques, responsável por investigações contra Maluf, disse que enviou um e-mail para a Promotoria de Nova York (EUA), autora da ação que fez Maluf entrar na lista da Interpol, e recebeu a resposta de que não ocorreu a retirada – a Interpol removeu o nome dele apenas da parte visível do site.
Como ainda está na lista, Maluf e seu filho podem ser presos se viajarem para um dos 188 países que têm convênio com a Interpol. Marques afirmou ainda que a Promotoria de Nova York não soube explicar os motivos da retirada do nome de Maluf da parte visível.
“Não sei o motivo de os nomes deles terem sido retirados da parte pública. O processo está ativo e a ordem de prisão está ativa. Os promotores de Nova York informaram que não houve acordo com o Maluf”, afirmou o promotor brasileiro.
Em 2014, Maluf propôs, por meio de advogados, um acordo à Promotoria de Nova York para ser perdoado de uma condenação de 2007 pelos crimes de conspiração, auxílio na remessa de dinheiro ilegal para Nova York e desvio de dinheiro público em São Paulo.
O deputado havia entrado na lista da Interpol em 2010. Maluf é acusado de embolsar, na época em que era prefeito de São Paulo, parte dos recursos das obras de construção de uma avenida da cidade (cerca de 12 milhões de dólares) e mandá-los para a cidade americana. O dinheiro, em seguida, foi transferido para a Suíça, Inglaterra e Ilha de Jersey, um paraíso fiscal.
