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Por Redação O Sul | 28 de maio de 2017
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que deu um aperto de mão em seu colega norte-americano, Donald Trump, para não mostrar debilidade. “Não foi algo inocente”, disse o mandatário francês. A “batalha de aperto de mãos” durante a cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em Bruxelas, na Bélgica, mostra como ambos apertaram com força a mão um do outro e se olharam fixamente durante o primeiro encontro dos dois, na quinta-feira passada.
“Não foi algo inocente, tampouco a chave da política, mas sim um momento de sinceridade”, afirmou Macron ao Le Journal du Dimanche. “Era uma forma de mostrar que não vamos fazer pequenas concessões, ainda que sejam simbólicas, ainda que tampouco deva-se exagerar a sua importância”, completou o francês.
A imprensa mundial interpretou o aperto de mãos como uma queda de braço entre os líderes, ambos no início dos mandatos e participando pela primeira vez de uma cúpula da Otan.
Macron assegurou que, com esse tipo de gesto, tentará mostrar sua firmeza frente a líderes que o analisam “como uma relação de forças”. Além do presidente dos Estados Unidos, o presidente francês citou os colegas turco (Recep Tayyip Erdoğan) e russo (Vladimir Putin).
Toda a atenção para o gesto deve-se, em parte, ao fato de Trump ser conhecido por tentar “dominar” este ato de protocolo, com gestos vigorosos e muitas vezes puxando o seu interlocutor na sua direção.
Curiosamente, Trump já se referiu em um dos seus livros que detestava dar apertos de mão. “Uma das maldições da sociedade americana é o ato simples de apertar as mãos. E quanto mais bem-sucedida e famosa uma pessoa pior se torna este terrível costume”, escreveu no seu livro The Art of Comeback, de 1997.