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Saúde Apneia do sono: Veja por que parar de respirar enquanto dorme é tão perigoso

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A única maneira de diagnosticar a apneia do sono é monitorando o sono de alguém. (Foto: Reprodução)

Quase todo mundo deixa de respirar por alguns segundos durante o sono, sem sofrer qualquer dano. Na maior parte das vezes, isso ocorre porque as vias aéreas ficam obstruídas e a passagem de ar é dificultada. Já se essas paradas respiratórias ocorrerem várias vezes enquanto a pessoa dorme, é possível que ela sofra da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), um problema que pode ter consequências negativas não só para o bem-estar ao longo do dia como também à saúde no geral.

O problema é bem mais frequente do que se imagina: estudos indicam que a condição afeta de 33% a 35% da população brasileira, sendo que muita gente nem desconfia que tem. Segundo especialistas, isso acontece porque a anatomia do ser humano facilita o problema – temos uma garganta estreita e um queixo mais projetado para trás em relação a outros animais. A obesidade e o envelhecimento são fatores que aumentam o risco.

A prevalência é maior em adultos, especialmente após os 65 anos de idade. É mais comum entre os homens, mas após a menopausa as mulheres passam a ter o mesmo risco. Entre as crianças, acomete de 3% a 15% da população, independente do sexo. Entre indivíduos obesos, 60% têm a síndrome.

Além de prejudicar a oxigenação, as interrupções respiratórias levam a pessoa a despertar sem perceber diversas vezes durante a noite. O resultado disso pode ser o cansaço e sonolência durante o dia, a falta de produtividade e até de libido. Mas as consequências a longo prazo são a maior preocupação dos especialistas em sono: a apneia obstrutiva do sono aumenta muito o risco de hipertensão, diabetes, depressão, doença arterial coronariana e de morte por infarto ou derrame. Ainda existem estudos que associam a falta de sono reparador à dificuldade para perder peso e até maior risco de demências.

Relação entre ronco e apneia

O ronco é a vibração dos tecidos das vias aéreas (ou mais especificamente do palato mole) diante da passagem do ar. Quanto maior o esforço para respirar e a flacidez desses tecidos, mais barulhento será o ronco. A obstrução pode causar uma apneia completa ou apenas parcial (hipopneia). Por isso, o ronco pode ser um sinal da síndrome da apneia obstrutiva do sono, mas nem sempre está relacionado a ela. Ou seja: nem todo mundo que ronca tem apneia, mas muita gente com apneia ronca.

Aqui vale um alerta: quem ronca alto ou sofre de cansaço e sonolência diurnos sem razão aparente deve consultar um profissional de saúde. A medicina do sono é uma área de atuação que envolve diferentes especialistas, como neurologistas, otorrinolaringologistas e pneumologistas, entre outros.

Sinais e sintomas

Os mais comuns são: Ronco alto e frequente; Ronco irregular (porque há paradas respiratórias); Engasgos durante o sono (que fazem a pessoa acordar ou não); Sonolência e cansaço durante o dia.

Também pode haver: Dor de cabeça ao acordar; Sono agitado; Aumento da vontade de urinar durante a noite; Boca seca ou sede ao acordar; Perda de produtividade.

Condições que podem ser causadas ou agravadas pela apneia do sono: Irritabilidade; Depressão; Ansiedade; Problemas de libido; Dificuldade de aprendizado; Problemas de memória ou concentração; Agravamento da asma; Síndrome metabólica; Diabetes; Hipertensão; Problemas no coração (como arritmias); Doença cardiovascular, como infarto ou derrame.

Causas e fatores de risco

A apneia do sono pode ser causada pela estrutura física ou por condições que afetam a saúde da pessoa. Com frequência, há mais de um fator de risco em jogo, como os seguintes:

Obesidade: quando a pessoa engorda, também há depósitos de gordura nas estruturas que envolvem a faringe e a língua, reduzindo o espaço para a passagem de ar. O ganho de peso é considerado um dos principais fatores de risco para a síndrome;

Alterações anatômicas: o aumento da amídala e das adenoides é a causa mais comum de apneia entre as crianças. Retrognatismo (mandíbula inferior diminuída, ou queixo para trás), aumento da circunferência do pescoço, desvio do septo nasal, pólipos nasais ou hipertrofia dos cornetos (estruturas do nariz) também podem provocar obstruções;

Congestão nasal: quadros infecciosos ou crônicos, como a rinite alérgica, podem facilitar a apneia;

Idade: com o envelhecimento, os tecidos da orofaringe tendem a ficar mais flácidos, facilitando as obstruções, por isso o risco aumenta entre indivíduos com mais de 65 anos;

Uso de álcool: a bebida alcoólica aumenta o relaxamento dos músculos da boca e da garganta e também pode interferir no controle do cérebro sobre os músculos envolvidos na respiração;

Fumo: o hábito causa a inflamação das vias aéreas superiores e também pode interferir nos mecanismos cerebrais envolvidos na respiração;

Uso de calmantes, relaxantes musculares ou opioides: esses remédios relaxam os músculos da boca e da garganta, bem como o controle do cérebro sobre os músculos da respiração;

Genética: algumas pessoas podem ter uma predisposição familiar à apneia. Também há certos genes envolvidos no risco mais alto de obesidade e inflamação.

Tratamento da apneia do sono

O tratamento deste distúrbio do sono depende da causa e da gravidade do quadro, e costuma ser multidisciplinar. Muitas vezes, medidas como perda de peso, orientações para dormir de lado ou exercícios fonoaudiológicos são suficientes para evitar a apneia nos casos mais leves.

Em outros, são necessárias medidas como o uso de aparelhos na boca ou de máscaras que facilitam a respiração durante o sono. Alguns pacientes ainda podem precisar de cirurgia, o que é mais comum entre as crianças com problemas nas amídalas ou adenoides.

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https://www.osul.com.br/apneia-do-sono-veja-por-que-parar-de-respirar-enquanto-dorme-e-tao-perigoso/ Apneia do sono: Veja por que parar de respirar enquanto dorme é tão perigoso 2020-09-09
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