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Brasil Após atacar o general Luiz Eduardo Ramos, o ministro do Meio Ambiente admite excesso e pede desculpas

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Operações teriam sido feitas durante período em que ministro exerce cargo de ministro do Meio Ambiente. (Foto: Carolina Antunes/PR)

O ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, disse no domingo (25) por meio de uma rede social que pediu desculpas ao ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, pelo que classificou como “excesso”.

Na quinta-feira (22), Salles afirmou que Ramos, responsável pela articulação política do governo, deveria parar de adotar uma postura de “maria fofoca”. O ministro atribuiu ao colega a origem de uma notícia publicada pelo jornal “O Globo”, segundo a qual ele, Salles, “estica a corda” com a ala militar do governo — da qual Ramos, general da reserva, faz parte — ao reclamar da falta de recursos para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Ministro Luiz Ramos, não estiquei a corda com ninguém. Tenho enorme respeito e apreço pela instituição militar. Atuo da forma que entendo correto. Chega dessa postura de #mariafofoca”, escreveu Salles em rede social.

A declaração provocou reações contrárias a Salles dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além de manifestações de apoio a Ramos de líderes do governo no Congresso e parlamentares da base do governo. Integrantes da chamada ala ideológica do governo e parlamentares governistas — entre os quais o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro — aprovaram a fala de Salles e manifestaram apoio ao ministro.

No início da tarde deste domingo, o ministro do Meio Ambiente recuou: “Conversei com o ministro Ramos, apresentei minhas desculpas pelo excesso e colocamos um ponto final nisso. Estamos juntos no governo, pelo Pres. Bolsonaro e pelo Brasil. Bom domingo a todos”, escreveu Ricardo Salles.

Pela manhã, antes da publicação de Salles na rede social, o ministro Ramos afirmou que não havia confronto com o colega do Meio Ambiente. “Rapaz, não tem briga nenhuma”, disse, durante um passeio de moto com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Braga Netto, da Casa Civil, por Brasília. “Tem uma definição: briga é quando [tem] duas pessoas”, complementou o ministro.

Após o pedido de desculpa de Salles, Ramos escreveu em rede social que “intrigas não resolvem nada” e que “uma boa conversa apazigua diferenças”. “Uma boa conversa apazigua as diferenças. Intrigas não resolvem nada, muito menos quando envolvem questões relacionadas ao País. Eu e o Ricardo Salles prosseguimos juntos em nome do nosso Presidente Jair Bolsonaro e em prol do Brasil”, afirmou o ministro Luiz Eduardo Ramos.

Passeio de moto

Ramos, Bolsonaro e Braga Netto saíram pela manhã do domingo (25) do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, por volta das 10h, pilotando motocicletas. Sem máscaras, eles fizeram uma parada em uma pamonharia de um posto de combustíveis em Sobradinho, região administrativa do Distrito Federal.

O presidente e os ministros comeram no local. Também cumprimentaram e fizeram fotos com pessoas no local. Depois, o presidente e os ministros foram a uma feira popular na região administrativa do Cruzeiro. Após a visita aos feirantes, retornaram ao Alvorada.

Motivo

Na quinta (22), o Ibama, subordinado ao ministério de Ricardo Salles, paralisou as atividades de brigadistas que combatem incêndio florestais alegando falta de recursos. Na sexta-feira (23), o Ministério da Economia anunciou que remanejaria R$ 30 milhões para o Ibama e R$ 30 milhões para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Com isso, o Ibama determinou o retorno dos brigadistas.

Salles já havia reclamado da falta de dinheiro para o Ibama. Em 28 de agosto, o Ministério do Meio Ambiente anunciou por meio de nota que suspenderia todas as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia e às queimadas no Pantanal em razão de um bloqueio financeiro determinado pela Secretaria de Orçamento Federal, do Ministério da Economia, em verbas do Ibama e do ICMBio.

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