Segunda-feira, 04 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 24 de julho de 2025
Eduardo Bolsonaro (foto) criticou Tarcísio de Freitas por ter deputado ligado ao MBL como vice-líder de seu governo
Foto: ReproduçãoO deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a expor divergências com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nesta quinta-feira (24). Em uma publicação nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro cobrou o governador por ter o deputado estadual Guto Zacarias (União-SP), que já fez críticas a Bolsonaro, como um de seus vice-líderes do governo na Assembleia Legislativa.
“Por que o @tarcisiogdf mantém como vice líder uma pessoa do MBL, um grupo que defende a minha prisão, a prisão de meu pai, a prisão de jornalistas exilados, gente que ficou anos sem ver os filhos como o @allanconta5 (Allan dos Santos)?”, disse Eduardo.
O comentário foi feito em resposta a um vídeo em que o deputado estadual critica Bolsonaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. No vídeo, o integrante do MBL declarou que “se hoje não tem nenhum político preso por corrupção no Brasil é porque Bolsonaro acabou com a operação Lava Jato”.
Não é a primeira vez que o deputado federal expõe atritos com o governador, que foi ministro de Infraestrutura na gestão de seu pai e, assim como Eduardo, é apontado como alguém interessado em representar a direita na eleição presidencial de 2026.
Na semana passada, o filho do ex-presidente criticou o governador pela tentativa de negociar uma mediação para evitar que o presidente dos Estados Unidos,Donald Trump, aplique a sobretraxação sobre o comércio brasileiro prometida para agosto.
Segundo Eduardo não cabe uma negociação para um acordo e apenas uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos ataques do 8 de janeiro resolveria a situação. A amplitude da anistia defendida pelo deputado também abre margem para livrar Jair Bolsonaro do atual cerco judicial do qual é alvo. O ex-presidente está inelegível desde 2023 por ataques ao sistema eleitoral e é réu no STF no caso da trama golpista, que investiga ele por suspeita de liderar um golpe contra o resultado da eleição presidencial de 2022.
Na semana passada, Eduardo Bolsonaro chegou a classificar Tarcísio como “servil”, mas dias depois recuou e declarou que teve uma “longa conversa” com o governador e que ambos “atuam com as melhores intenções para os brasileiros”.