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Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2015
Um comprimido por dia para prevenir o HIV em pessoas com maior risco de contrair o vírus. Esse é o modelo da chamada profilaxia pré-exposição, que deve ser alvo de dois novos estudos em larga escala no País. Pela primeira vez, o Brasil terá como estratégia de saúde pública uma pesquisa para avaliar o uso de um medicamento preventivo contra o HIV por adolescentes de 16 a 19 anos que se consideram mais suscetíveis ao vírus.
Até então, os estudos eram conduzidos apenas em adultos que também fazem parte de populações de risco ampliado para o vírus, como homens que fazem sexo com homens e transexuais. Agora, a ideia dos dois estudos é ampliar os testes da terapia preventiva para mais participantes e incluir os mais jovens.
A Prep, sigla usada para a profilaxia, é composta pela associação, em uma só pílula, de dois antirretrovirais: tenofovir e emtricitabina. No mercado internacional, o remédio preventivo tem o nome comercial Truvada. Em geral, o usuário acompanhado na terapia toma um comprimido por dia como forma de obter a prevenção ainda antes da relação sexual.
O modelo é diferente da profilaxia pós-exposição, já adotada no Brasil, em que outros medicamentos são usados após possível contato com o vírus, seja por vítimas de estupro, trabalhadores de saúde ou pessoas que fizeram sexo desprotegido.
A ideia, agora, não é verificar a eficácia, mas testar se pessoas em situação de risco ampliado para o HIV aceitam tomá-lo como alternativa ao combate à epidemia de Aids, especialmente entre jovens. Cerca de 1.800 adolescentes sexualmente ativos devem participar do estudo, previsto para começar no primeiro semestre de 2016. Já a amostra da nova pesquisa em adultos ainda não foi definida. Devem participar do estudo só jovens e adultos sexualmente ativos e considerados de risco ampliado – caso de gays e transexuais. (Folhapress)