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Geral Capital da Venezuela tem ruas vazias, toque de recolher e falta de energia em algumas áreas

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Líder oposicionista venezuelano Guaidó aparece e pede que população siga nas ruas. (Foto: Reprodução)

A capital venezuelana viveu um dia de “silêncio e tensão” na quinta-feira (24) nas palavras de Matías Garrido, de 42 anos, que fechava a porta metálica mais cedo de sua lanchonete, na área comercial de Sabana Grande. “Geralmente vou até às 22h, mas esses dias estão estranhos, à noite é melhor ficar em casa porque estão reprimindo”, disse.

O “day after” da grande mobilização que culminou com o opositor Juan Guaidó, de 35 anos, jurando como presidente encarregado de uma possível transição foi de ruas vazias, falta de luz, nada de hora do rush, e muitos bloqueios nas ruas para checar documentos por parte de oficiais da Guarda Nacional Bolivariana.

A reportagem do jornal Folha de S.Paulo demorou mais de 1h30min para fazer o percurso desde o aeroporto de Maiquetía a Caracas. Primeiro, por conta de um operativo militar que, atirando com balas de borracha, tentava diluir uma manifestação em El Paraíso.

Outra, porque por um longo trecho do caminho, tanques com homens armados escoltavam dois caminhões de gás que atravessavam áreas populares onde já se haviam reportado saques a veículos desse tipo. Na região leste da cidade, há bairros sem luz, enquanto em regiões da periferia, a Guarda Nacional decretou toque de recolher.

“Todos esperam, ou está havendo negociações de bastidores no governo, ou Guaidó está negociando fugir, pode ser qualquer coisa, não há fontes de informação. Não sabemos nada porque o governo diz só o que quer e a oposição está calada”, dizia Pedro Galdés, de 47 anos, que vinha caminhando por uma avenida Francisco de Miranda com pouco trânsito. “Nem dá para acreditar que ontem havia tanta gente na rua e hoje está tudo quieto.”

Outra incógnita do dia foi: “Onde está Guaidó?”. Depois de fazer o juramento como presidente encarregado, ele não foi mais visto em público. Seus tuítes do dia foram de agradecimentos a apoios e mensagens evasivas, na linha de estimular a continuidade dos atos, mas sem apontar quais próximos passos serão tomados.

Durante o dia, circularam boatos de que Guaidó teria se exilado na Embaixada da Colômbia, negado por seus assessores. Outro rumor dava conta de que ele havia se encontrado com o líder chavista Diosdado Cabello, algo divulgado por este, mas negado por Guaidó.

Líder aparece

Nesta sexta (25), sob sol forte, o líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó, começou seu discurso pedindo um minuto de silêncio em respeito aos 30 mortos durante a repressão nos últimos dias. Guaidó, que é presidente da Assembleia Nacional venezuelana, se declarou presidente encarregado do país na quarta (23) e foi reconhecido pelo governo dos EUA, Brasil e outros países da região.

O ato, marcado inicialmente para as 10h locais, atrasou por conta da dificuldade de Guaidó em chegar ao local, uma vez que está sendo vigiado e tem de esquivar as forças de segurança. Mas quem o esperava não parecia se importar. Com os gritos de guerra “se sente, se sente, Guaidó presidente”, “não fazemos as malas, faremos país” e “liberdade, liberdade”, os manifestantes que se reuniram na pequena praça Bolívar de Chacao se apertavam, pois cada vez chegava mais gente. Havia jovens sobre troncos de árvores. “Não vão cair de maduro!”, gritou uma senhora. Muitos riram do trocadilho.

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