Quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2025
Estatística atualizada nessa quarta-feira (13) pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) contabiliza ao menos 17.234 casos confirmados de dengue em Porto Alegre de 1º de janeiro a 9 de agosto. O número é similar ao de igual período no ano passado (17.496). Já as mortes causadas pela doença na capital gaúcha totalizam 24, sem novos registros desde o final de julho.
Os testes positivos para frebre chikungunya, por sua vez, chegam a três – todos “importados”, ou seja, contraídos fora da cidade (os pacientes apresentavam histórico de viagem recente ao Estado de Mato Grosso). Tanto esta doença quanto o zika vírus são transmitos pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti, mesmo inseto vetor da dengue.
Ainda no que se refere às 24 mortes por dengue em Porto Alegre, as perdas humanas abrangem 11 bairros com uma perda humana, outros 13 bairros com dois desfechos fatais da doença e um bairro com três mortes. Todas as vítimas sofriam de comborbidades. Confira o detalhamento na lista a seguir.
– Vila Ipiranga: 1 morte.
– Jardim Leopoldina: 1 morte.
– Jardim São Pedro: 1 morte.
– Menino Deus: 1 morte.
– Santa Tereza: 1 morte.
– Parque Santa Fé: 1 morte.
– Cascata: 1 morte.
– Vila Jardim: 1 morte.
– Tristeza: 1 morte.
– Mont’ Serrat: 1 morte.
– Lomba do Pinheiro: 1 morte.
– Jardim Itu: duas mortes.
– Ruben Berta: duas mortes.
– Jardim Sabará: duas mortes.
– Sarandi: duas mortes.
– Santa Rosa de Lima: duas mortes.
– Passo das Pedras: três mortes.
Infestação e vacina
Neste momento a infestação pelo mosquito transmissor é considerada baixa. De qualquer forma, é fundamental manter os cuidados para evitar a proliferação do inseto, bem como verificar no interior dos imóveis a possível presença desses vetores, que costumam procurar locais mais quentes em épocas de temperaturas mais baixas.
A Secretaria Municipal de Saúde mantém em todos os postos da rede a oferta de vacinas contra a dengue para crianças e adolescentes, contemplando uma faixa etária que vai dos 10 aos 14 anos. O procedimento é seguro, gratuito e eficaz contra o agravamento do quadro para quem contrai a doença.
Status do município
Com a diminuição nas taxas de incidência de dengue em julho, Porto Alegre retrocedeu no início deste mês à mais baixa das cinco escalas de monitoramento, a de “normalidade”.
Porto Alegre permaneceu durante quase cinco meses (de março até a metade de julho) com status de “emergência”, retrocedendo no dia 28 de julho para o de “mobilização” e, agora, para o de “normalidade”. Nesse estágio, a divulgação de boletim ou informativo epidemiológico pela prefeitura é opcional.
As cinco escalas estão previstas no “plano de contingência”, documento com foco em diretrizes de enfrentamento do cenário epidemiológico pelas equipes da pasta. Os principais indicadores que servem de base são a taxa de incidência de dengue e o número de falecimentos.
Dados públicos sobre arboviroses (dengue, zika e chikungunya) em Porto Alegre estão disponíveis no boletim informativo de arboviroses, veiculado no site prefeitura.poa.br/sms. A estatística está sujeita à revisão.
Sintomas e prevenção
Quem apresenta febre, vômito, dor de cabeça e no corpo deve procurar imediatamente um posto de saúde. Em caso de sintomas como dor abdominal intensa, tontura, sangramentos, desidratação e dificuldade para se alimentar, a orientação é de que o indivíduo se dirija a serviços de urgência como a unidades de pronto atendimento (UPA).
As autoridades de saúde preconizam a adoção de uma série de práticas comprovadamente capazes de evitar a proliferação do inseto transmissor. Confira:
– Evitar água parada em qualquer recipiente, inclusive em piscinas plásticas.
– Descartar o lixo corretamente.
– Manter caixas d’água e lixeiras bem tampadas.
– Limpar calhas e colocar telas nos ralos.
– Tratar adequadamente a água de piscinas.
(Marcello Campos)