Terça-feira, 10 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 22 de junho de 2016
A China realizou, nesta terça-feira (21), a edição mais polêmica de seu maior festival de carne de cachorro, o da cidade meridional de Yulin, com uma forte presença policial e midiática em meio aos crescentes protestos em nível local e internacional para pôr fim a esta tradição.
Os vendedores e restaurantes ocultavam em dias prévios a palavra “cachorro” dos cartazes e desde a primeira hora da manhã vários agentes uniformizados e à paisana andavam pelo mercado que vende carne de cachorro.
Pessoas comem carne de cachorro, movidos pela crença de que ajuda a combater o calor estival e é benéfica para o corpo. (Foto: Reprodução)
O ambiente era tenso em Yulin. Seus habitantes e os cidadãos que se deslocaram de outras partes da China mostravam incômodo com a presença de jornalistas e defensores dos animais, e falavam sobre o direito de celebrar esta tradição enquanto impediam o trabalho dos repórteres.
Diversos grupos de ativistas se aproximaram do mercado onde os cachorros estavam amontoados em pequenas jaulas para libertar alguns deles, pagando de 500 a 700 iuanes (de 76 dólares a 106 dólares) por animal aos comerciantes.
Apesar das disputas, não aconteceu nenhum problema, e os presentes no festival puderam celebrar mais uma vez o solstício de verão comendo carne de cachorro, movidos pela crença de que ajuda a combater o calor estival e é benéfica para o corpo.
Entre 2 mil e 4 mil cachorros serão sacrificados, tradicionalmente mortos com barras de metal, entre esta terça e quarta, apesar de centenas terem sido mortos de forma prévia, por isso que o número total é muito maior, segundo confirmaram a Humane Society International, um dos grupos líderes na luta contra o comércio destes animais na China.