Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 7 de fevereiro de 2020
O anúncio foi feito por Bolsonaro
Foto: Antonio Cruz/ Agência BrasilAs aeronaves enviadas pelo governo federal para resgatar brasileiros em Wuhan, na China, poderão trazer cidadãos de outros países caso haja disponibilidade de espaço nos voos. A informação foi dada pelo presidente Jair Bolsonaro na noite de quinta-feira (06). Um pedido de carona, segundo o chefe do Executivo, já foi solicitado pelo governo da Polônia.
“Talvez, se tivermos apenas em torno de 40 brasileiros para trazer para cá, como sobrariam em torno de dez vagas, eu já autorizei a trazer cidadãos de outros países. Se for da América do Sul, pousa aqui. Parece que entrou um pedido da Polônia agora e, obviamente, como vai pousar em Varsóvia [capital polonesa], eles foram gentis para conosco, e têm poloneses lá [em Wuhan], se quiserem retornar, [eles] vêm e desembarcam em Varsóvia e tudo bem”, disse o presidente.
As duas aeronaves da Força Aérea Brasileira decolaram na quarta-feira (05) de Brasília com destino a Wuhan. Na volta, as aeronaves farão escalas em Urumqi (China), Varsóvia (Polônia), Las Palmas (Espanha) e Fortaleza (CE), até o pouso final em Anápolis (GO).
Só poderão embarcar na China pessoas que não apresentarem sintomas do coronavírus. Uma equipe de médicos militares fará exames preliminares ainda em solo chinês. A previsão é de que os aviões cheguem ao Brasil neste sábado (08). Todos os resgatados, a tripulação de militares e a equipe médica que estão a bordo passarão por uma quarentena de 18 dias, seguindo protocolos e instruções oficiais visando à segurança de todos envolvidos. Os cidadãos isolados terão tratamento gratuito e o direito de serem informados permanentemente sobre seu estado de saúde.
O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres, informou que as instalações na base aérea de Anápolis estão prontas para receber os resgatados com toda a estrutura de saúde e segurança para evitar contaminação. Ele buscou tranquilizar os moradores da região.
“Se vai ter um lugar no Brasil muito difícil desse vírus se disseminar será Anápolis porque toda a estrutura de segurança sanitária, todas as medidas estão sendo tomadas para acolher os nossos cidadãos brasileiros que estavam em situação difícil na China”, afirmou.