Plano
Limitar os anúncios de fast-food, detalhar as calorias dos cardápios e andar de bicicleta por prescrição médica são algumas das medidas do plano do governo do Reino Unido contra a obesidade anunciado nesta segunda-feira (27), depois que um estudo apontou a obesidade como um agravante da Covid-19.
“Sabemos que a obesidade aumenta o risco de doenças graves e de morte por coronavírus, por isso é fundamental que tomemos medidas para melhorar a saúde de nossa nação e proteger o NHS”, o sistema nacional de saúde britânico, declarou o ministro da Saúde, Matt Hancock, em comunicado.
A campanha “Com melhor saúde”, lançada pelas autoridades de saúde britânicas, “incentivará as pessoas a adotarem um estilo de vida mais saudável e a perder peso quando necessário”, afirmou a instituição em um comunicado, acrescentando que deseja combater “a bomba-relógio que é a obesidade”.
As medidas anunciadas nesta segunda incluem a proibição da televisão e publicidade on-line de comida não saudável antes das 21h, “quando é mais provável que as crianças estejam expostas a ela”, assim como a obrigação de restaurantes e redes de delivery com mais de 250 funcionários a informarem o número de calorias em seus menus.
Os supermercados também terão que acabar com os descontos em comidas não saudáveis e não poderão colocar esses produtos “em locais importantes de seus estabelecimentos, como na frente das caixas registradoras ou na entrada”.
“Quando você faz uma compra, é justo que tenha acesso às informações adequadas sobre a comida que come, para ajudar as pessoas a tomarem as decisões corretas”, estimou Hancock.
Prescrever andar de bicicleta
Também serão ampliados os serviços do NHS dedicados à perda de peso e os clínicos gerais poderão a “prescrever exercícios físicos” aos pacientes, como andar de bicicleta.
O plano foi divulgado depois que um estudo da PHE revelou, no sábado, que pessoas obesas têm um risco adicional de 40% de morrer pelo coronavírus.