Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 2 de agosto de 2016
Cientistas sul-africanos encontraram a mais antiga evidência de câncer em um ser humano na História. Trata-se do fóssil de um osso do dedão do pé de um hominídeo de 1,7 milhão de anos atrás com um tumor.
A equipe de pesquisadores da Universidade de Witwatersrand e do Centro de Paleociência do país encontraram o fóssil em Malapa, em uma região que é conhecida como “Berço da Humanidade” pela grande quantidade de resquícios de hominídeos.
A descoberta, que foi publicada no South African Journal of Science, sugere que embora o estilo de vida moderno tenha aumentado a incidência dessa doença no gênero humano, os “gatilhos” para o câncer vêm do passado.
“Você pode escolher uma paleo dieta, pode viver em um ambiente completamente limpo, mas a capacidade de ter essas doenças é antiga e está dentro de nós apesar de qualquer coisa que façamos”, diz o coautor do estudo, o pesquisador Edward Odes.
O pequeno pedaço de osso foi a única parte do esqueleto encontrada. Embora os cientistas tenham conseguido identificar o tipo de câncer (um violento osteosarcoma, que teria atrapalhado a capacidade de locomoção), o pedaço é pequeno demais para saber de que espécie de hominídio é – se era criança ou adulto – ou até mesmo se foi o câncer que o matou.
Sabe-se que algumas espécies humanas viveram na Terra nesse período, sendo que a mais numerosa delas era o Homo erectus, um dos mais importantes ancestrais do Homo sapiens.
Além do tumor maligno, a equipe encontrou o caso mais antigo de tumor benigno, um crescimento no fóssil da vértebra de uma criança Australopithecus sediba com 1,98 milhão de anos. Antes da descoberta, o caso mais antigo era de 120 mil anos atrás, de um tumor benigno de um neandertal encontrado na Croácia. (AG)