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Ciência Conheça a nova base brasileira na Antártida

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A nova estação ficará no mesmo local da antiga EACF, na Ilha Rei George, a 130 km da Península Antártica, na baía do Almirantado. (Foto: Divulgação)

A EACF (Estação Antártica Comandante Ferraz), 7 anos após o grande incêndio, renasceu no continente antártico com uma visual mais moderno e resistente.  Projetada por um escritório de arquitetura brasileiro e executada por uma empresa chinesa, a nova estação foi concluída em março deste ano, mas só será oficialmente inaugurada em março de 2020, após um período de testes.

A nova estação ficará no mesmo local da antiga EACF, na Ilha Rei George, a 130 km da Península Antártica, na baía do Almirantado. Com uma área de 4.5 mil m², quase o dobro da antiga, que tinha 2.6 mil m², a nova base é composta por 3 blocos, 17 laboratórios de pesquisa e a capacidade de abrigar 65 pessoas. Sua nova estrutura foi construída de forma a resistir às temperaturas negativas, nevascas, abalos sísmicos e ventos de até 200 km/h.

O incêndio

A ECAF começou sua operação no dia 6 de fevereiro de 1984, e foi obrigada a encerrar suas atividades no dia 25 de fevereiro de 2012, após um grande incêndio. O incêndio começou pela madrugada devido a uma explosão no local onde ficavam os geradores de energia, naquele dia havia 60 pessoas na estação.

Dois militares, Carlos Alberto Vieira Figueredo e Roberto Lopes dos Santos, morreram tentando combater o incêndio. O fogo destruiu 70% das instalações, incluindo o prédio principal, onde ficavam os alojamentos e alguns laboratórios. As unidades que ficavam mais afastadas do prédio central, como os laboratórios de meteorologia, química e estudo da alta atmosfera, além de outros contêineres com materiais de pesquisa, não foram afetadas.

Mesmo após o incêndio, a pesquisa científica brasileira feita na antártica não parou. A bordo do navio de pesquisa polar da Marinha Almirante Maximiano, em acampamentos em diferentes pontos da região e em uma base provisória ao lado da base incendiada, cerca de 25 projetos científicos e 250 pesquisadores continuaram recebendo apoio para desenvolver seus trabalhos na Antártica.

O que é feito na EACF?

Dada a importância da Antártica, como principal reguladora térmica da Terra, influenciando as circulações atmosféricas e oceânicas, a EACF foi instalada com o objetivo de dar suporte a estudos sobre o clima e o meio ambiente antártico. Grande parte desses estudos é executada pelo Proantar (Programa Antártico Brasileiro), criado dois anos antes da EACF, em 1982, que após a criação da EACF, teve um grande suporte para o desenvolvimento de pesquisas em áreas de meteorologia, oceanografia, biologia e glaciologia.

De acordo com a Marinha, em 37 anos de operação da estação, foram realizadas mais de 365 pesquisas ligadas a biodiversidade e do ecossistema antártico, além de investigações sobre as mudanças climáticas e a camada de ozônio. Essas investigações já nos deram informações a respeito do aumento do buraco na camada de ozônio, do aumento da temperatura global, a redução do gelo marinho e o impacto das regiões polares para as circulações atmosféricas e oceânicas. A reinauguração da EACF, com uma estrutura maior e mais moderna, garantirá a continuidade e impulsionará o desenvolvimento desse tipo de pesquisas científicas.

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