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Brasil Conheça os quatro avanços no tratamento do coronavírus que reduzem o risco de morte pela doença

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Fiocruz considera alto risco onde mais de 80% das UTIs estão ocupadas. (Foto: Divulgação)

Da primeira morte por covid-19 no Brasil, em março, até o país se aproximar de 100 mil vidas perdidas, o que a comunidade médica aprendeu sobre o tratamento dessa doença? Embora ainda existam muitas dúvidas sobre o coronavírus, médicos que trabalham no enfrentamento da covid-19 dizem que o avanço em relação ao tratamento dos pacientes até aqui já reduz parte das mortes e internações, ao dar um caminho mais claro de como efeitos da doença, como inflamações, podem ser combatidos.

Essa evolução está no aprimoramento de práticas dentro de hospitais, como mudar a posição dos pacientes para melhorar oxigenação (evitando até a intubação de alguns deles), além do uso de remédios para combater efeitos da doença em casos indicados, como a dexametasona (que combate uma reação desproporcional do sistema imunológico que mata alguns pacientes).

A seguir, veja os principais avanços no tratamento da covid-19 apontados por médicos que atuam no Brasil:

1) Pacientes de bruços

Quem acompanhou as notícias sobre o coronavírus nos últimos meses ouviu falar na técnica de virar o paciente de bruços, a chamada pronação. Ela ganhou fama recentemente, mas é uma técnica antiga, que já era usada antes da chegada do coronavírus, para aumentar a quantidade de oxigênio que entra nos pulmões. No contexto de uma UTI, Sztajnbok diz que se trata de uma “estratégia salvadora”. “Às vezes você não consegue oxigenar bem o paciente de costas para o leito e, ao virá-lo para baixo, os índices de oxigenação aumentam até 50%”, afirma.

2) Extensão da doença e ajuda médica

O próprio entendimento da extensão da doença no corpo do paciente mudou, como explica o epidemiologista Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). “Isso foi um baile que o vírus nos deu. Quando sai o primeiro relato da China, parece que é mais uma gripe, tipo H1N1, (contra a qual) sabemos como atuar. Quando chega à Itália, começamos a conversar com médicos Italianos e saem os primeiros artigos da China. E aí é que se fala: peraí, é algo diferente?. Então vimos que o vírus atua no sistema circulatório”, diz.

Entender a complexidade da covid, em vez de pensar no vírus como sendo exclusivamente um causador de pneumonia, foi um passo importante para entender outras áreas que devem ser foco de atenção e de tratamento, se necessário, como problemas cardíacos e renais causados pela doença.

3) Medicamentos

Se a cloroquina foi o remédio mais discutido no primeiro semestre de 2020, nenhum avanço veio dela. Pelo contrário, segundo os especialistas ouvidos pela reportagem: o debate em torno desse remédio tirou atenção e recursos de discussões e pesquisas mais importantes.

“Essa discussão faz mais mal do que as pessoas conseguem imaginar. O efeito colateral de uma medicação não é só o mal que faz diretamente no corpo da pessoa. O primeiro efeito colateral é econômico, de alocação de recurso escasso: nosso tempo como médico e pesquisador é escasso. Nosso recurso de atendimento é escasso. O malefício é gastar recurso (tempo e dinheiro) com coisa que comprovadamente não funciona”, diz Bittencourt.

4) A equipe

Assim como os outros médicos entrevistados, Lotufo destaca a importância da quantidade e da qualidade dos profissionais de saúde como fator essencial no combate à covid-19. “O que aconteceu de março pra cá é que houve uma melhoria da qualidade. É a famosa curva de aprendizado. Acontece em todos os lugares e o determinante dela nunca é o medicamento, na maior parte das vezes. É quando as equipes se afinam, se acertam. O tratamento de pacientes críticos, ele é mais determinante da qualidade e quantidade de pessoal. Claro que precisa ter bons equipamentos, mas o ventilador não ventila sozinho. É isso que aconteceu. Tivemos melhoria dessa qualidade.”

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