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Esporte Copa do Catar sofre com aumento de críticas sobre descaso com direitos humanos

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Representantes de outros países questionam como país ultra-conservador irá receber torcedores da comunidade LGBTQIA+ e por que não aceita jogos femininos, além de violações aos direitos humanos de operários. (Foto: Reprodução)

Todo o esforço de relações públicas nos últimos 12 anos, desde a escolha do Catar como sede da Copa do Mundo, não conseguiu livrar o comitê organizador e a Fifa dos questionamentos sobre como os direitos humanos são tratados no emirado árabe. À medida que a competição se aproxima, as perguntas ficam mais duras. E geram inegável desconforto.

Na última quinta-feira (31), a presidente da Federação de Futebol da Noruega, Lise Kleveness, foi a responsável por trazer o clima de constrangimento ao Congresso da Fifa, em Doha. Sua seleção não está classificada para o Mundial, mas a dirigente fez questão de expressar preocupações a respeito de como torcedores da comunidade LGBTQIA+ serão recebidos no país. Reclamou do fato de o país não permitir a realização de jogos de futebol feminino. Abordou também as suspeitas de que operários estrangeiros contratados para trabalharem nas obras do Mundial foram submetidos a condições desumanas de trabalho.

Geralmente, Fifa e Comitê Organizador se revezam no papel de defesa do Catar. Gianni Infantino costuma adotar um tom mais conciliador. Reconhece que o país ainda precisa evoluir em alguns indicativos sociais, mas enaltece que o evento serviu para acelerar esse processo na última década.

O ceticismo a respeito das condições oferecidas aos operários envolvidos nas obras ganhou respaldo com uma reportagem do “The Guardian” de 2021. De acordo com a publicação, cerca de 6.500 pessoas, na sua maioria indianos e paquistaneses, morreram para colocar a Copa do Mundo de pé, desde 2010. O Comitê Organizador nega e afirma que foram apenas três mortes.

Ao longo dos últimos anos, o comitê convidou a imprensa para visitar as instalações em construção e ver presencialmente as obras, com exceção do bairro criado para hospedar os operários.

Entre versões contraditórias, o técnico da Inglaterra, Gareth Southgate, ficou do lado da contada pela imprensa de seu país. Após críticas ao Catar, foi questionado duramente pelo CEO da Copa, Nasser Al Khater: “Alguém da seleção da Inglaterra já esteve no Catar? O Sr. Southgate já esteve no Catar? Ou ele está se posicionando publicamente sobre algo baseado apenas no que leu?”, questionou.

Eventos da magnitude da Copa do Mundo costumam servir de pano de fundo para discussões de pautas mais complexas. E a queda de braço de diferentes narrativas. A preocupação com o bem-estar dos torcedores LGBTQIA+ também foi grande na Copa da Rússia, em 2018 — o país tem uma das piores legislações sobre o tema entre as nações mais ricas do mundo.

No ciclo até 2014, as condições de trabalho dos responsáveis pelas construções dos estádios da Copa no Brasil também foram motivo de críticas da comunidade internacional.

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