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Notícias Crise eleva chances de intervenção de Lula no governo

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Ex-presidente percebeu que criticar Dilma traz reflexos na sua provável candidatura em 2018. (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)

A crise aguda do governo Dilma Rousseff elevou a possibilidade de uma intervenção branca comandada pelo seu antecessor no cargo, Luiz Inácio Lula da Silva. Tal pressão, estimulada pelo PT, enfrenta resistência da presidenta. A dinâmica da relação, que sofre grande inconstância desde a reeleição de Dilma, em 2014, tende a ficar mais tensionada. Um indicador da gravidade inédita da crise atual e da relação criador-criatura foi atestado em Brasília, na semana passada. Enquanto Dilma, nos Estados Unidos, tentava se livrar, sem sucesso, da agenda negativa decorrente das novas revelações do delator Ricardo Pessoa na Operação Lava-Jato, Lula chegava à capital federal.

Em vez de alívio pela presença do político mais experiente do PT, o clima no Palácio do Planalto foi de tensão sobre o que o ex-presidente iria falar aos congressistas do partido. Isso porque, dias antes, ele havia feito críticas públicas ao governo, algo incomum, dizendo que ele e Dilma estavam no “volume morto”.

O petista pediu “união em defesa do governo” a dirigentes do PT e em reunião com as bancadas. Ainda assim, horas depois, interlocutores de Dilma o chamavam de “confuso”, com atitude “descompensada”.
O ex-presidente está irritado com o rumo do governo, que parece incapaz de responder à crise política e econômica que corroeu a popularidade de Dilma e tornou o Planalto refém de um Congresso hostil.Mas, segundo interlocutores, o petista resolveu amainar as críticas porque percebeu que sangrar publicamente a presidenta terá reflexos na sua provável candidatura presidencial em 2018.

De forma paradoxal, o PT incentiva a intervenção branca. O primeiro passo foi chamar de volta o marqueteiro João Santana, que, afastado desde a eleição, participou dos encontros de Lula em Brasília. O ex-presidente vinha reclamando da ausência de Santana, responsável pelas campanhas do PT ao Planalto desde 2006. Ele está na Argentina, onde atua na pré-campanha de José Manuel de la Sota, hoje azarão na disputa pela Casa Rosada.
Santana topou voltar. Fará o programa de TV petista que vai ao ar em 6 de agosto. Tem o desafio de evitar mais um “panelaço” contra o partido e ainda angariar simpatias.

As perspectivas de Lula e Dilma são diferentes. Ele já confidenciou a amigos que tem medo de perder as eleições e o capital político de alguém que encerrou o mandato com aprovação acima de 80%. Só sai candidato se a situação melhorar.

Já Dilma demonstra incômodo com a situação. Aos próximos, disse que não depende mais de Lula e que suas ambições políticas acabam com seu mandato – que, ao contrário de muitos no meio político, ela diz ter certeza de que encerrará integralmente. Cada vez mais, cita que as denúncias de corrupção envolvendo o PT e até sua campanha à reeleição, alvo da Lava-Jato, não a atingem pessoalmente. Repete que está “com a biografia mantida”.

A situação do Planalto agravou-se com os depoimento de Pessoa, que disse ter doado  7,5 milhões de reais à campanha da presidenta no ano passado para resguardar negócios com a Petrobras.

Documentos apresentados à Justiça por Pessoa mostram pagamentos de propina a políticos, partidos e  ainda doações para campanhas eleitorais. Uma tabela tem os dados para a doação à reeleição da presidenta e o contato de Manoel Araújo, que hoje é chefe de gabinete do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, que era o tesoureiro da campanha da presidenta.

Sobre Lula, Pessoa disse que se encontrou com ele sete vezes e que entregou dinheiro vivo para a campanha: 2,4 milhões de reais. Mas afirmou que não pode afirmar se o ex-presidente sabia  da origem do dinheiro.

No acordo de delação, Pessoa explica os motivos para os pagamentos. “Tanto dinheiro doado de forma pulverizada a diversos partidos e políticos tinha uma intenção: fazer com que a engrenagem andasse perfeitamente, tirando, portanto, todas as pedras que pudessem aparecer no caminho. Abertura de portas no Congresso, na Câmara e em todos os órgãos públicos”, relatou.

Conforme Silva, todas as operações da campanha  foram feitas de maneira legal. E que  Araújo era apenas o responsável pela parte burocrática das doações.

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