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Fórmula 1 Daniel Ricciardo revela que McLaren reduziu sua água no carro por desempenho no GP de Miami

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Piloto australiano teve quantidade abaixo do padrão de água disponível para se hidratar e relatou desidratação. (Foto: Getty Images)

Vale tudo na luta para deixar os carros de 2022 da Fórmula 1 dentro ou abaixo do limite de peso de 798 kg, desde a remoção de parte da pintura dos bólidos, caso da Ferrari e Williams, como a redução da bebida disponível aos pilotos durante as corridas, estratégia que Daniel Ricciardo revelou ter sido adotada pela McLaren no GP de Miami, no último fim de semana.

“O calor teve um papel importante aqui. Também foi difícil porque quase todos estão lutando pela redução de peso. Então não tivemos o luxo de levar três litros de água conosco. Eu só tinha um pouquinho, mas nunca é suficiente. Me deixou desidratado. O calor foi intenso, então as condições fora mais difíceis”, contou o australiano de 32 anos.

Através do suor e da desidratação, pilotos podem perder até três quilos em corridas quentes, como na Austrália, Brasil (em 2007, a temperatura durante a prova em Interlagos beirou os 40ºC), Estados Unidos, Singapura e Bahrein.

Até agora, é o GP do Bahrein de 2005 que detém o recorde de corrida mais quente da história, com 42,5ºC registrados no domingo da corrida. Em Miami, a previsão do tempo estava na casa dos 30ºC.

A tática adotada pela McLaren na Flórida durante a prova que girou em torno dos 30ºC na temperatura do ar, não é nova. Mas o risco de desidratação é potencializado nas provas em locais quentes, que costumam exigir muito mais do condicionamento físico dos pilotos.

Em 2009, Fernando Alonso passou mal após concluir o GP do Bahrein chegando em oitavo lugar. Desidratado, o bicampeão que na época representava a Renault teve que ser carregado.

No ano de 2014, Adrian Sutil chegou a disputar duas corridas (Austrália e Bahrein) pela Sauber sem uma garrafa de água que, segundo ele, pesa quase meio quilo. No mesmo ano, Kevin Magnussen – então piloto da McLaren – sofreu queimaduras leves em seu cockpit tamanho o calor em Singapura, de volta neste ano ao calendário da F1. Ele também relatou ter sofrido de desidratação na prova.

Em média, a desidratação surge quando uma pessoa perde mais de 5% de seu peso corporal em água. O limite seguro da sede está abaixo dos 2%. Acima disso, a concentração do individuo começa a ser afetada, e as dores e problemas físicos se iniciam.

“A ciência diria que, para manter uma boa função cognitiva para um piloto de caça ou piloto de Fórmula 1, você não deve ultrapassar 1,5 ou 2% de desidratação e perda de peso corporal. Você pode ir muito além dessa taxa em uma maratona ou triatlo. Mas quando se está tentando manter as faculdades cognitivas como um piloto de F1, cerca de 1% a 2% é o limite ideal”, explicou Luke Bennett, médico e diretor de performance esportiva de saúde na F1 em uma empresa privada, e que já trabalhou com parte dos pilotos do grid, incluindo Lewis Hamilton.

A Malásia, ausente da categoria desde 2017, também dava trabalho aos pilotos com as temperaturas dentro do carro beirando os 60ºC. Após a edição 2014 da etapa sul-asiática, o francês Jean-Eric Vergne, então titular da STR (atual AlphaTauri) revelou ter sido hospitalizado por desidratação.

Mesmo nos dias de hoje, a luta contra o calor continua. No ano passado, Nicholas Latifi correu todo o GP de Mônaco sem água porque esqueceu de conectar o cabo de sua garrafinha, e terminou a prova desidratado.

Meses depois, Sergio Pérez também sofreu no GP dos EUA, quando seu isotônico se esgotou ainda na primeira volta. O mexicano revelou ter perdido as forças na metade da corrida, mas persistiu e chegou em terceiro lugar na prova vencida pelo colega da RBR Max Verstappen.

Ricciardo chegou em 13º na prova do último fim de semana da F1. E apesar do efeito pouco prático da desidratação no desempenho, o australiano minimizou a questão da ausência de água:

“Apesar disso tudo, todos trabalharam duro: pilotos, mecânicos… todos sentiram o calor.”

No próximo fim de semana, em 22 de maio, a F1 deve encarar um clima mais ameno no GP da Espanha. Em 2021, a previsão do tempo para o domingo da corrida vencida por Lewis Hamilton tinha a máxima de 23ºC.

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