Sábado, 11 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 30 de novembro de 2019
“Mas a carne, aqui, internamente, daqui a um tempo acho que vai diminuir o preço”, ponderou Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa/PRO presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou acreditar que o preço da carne vai diminuir “daqui a um tempo”. A declaração foi dada enquanto falava com turistas na entrada do Palácio da Alvorada, neste sábado (30).
Um dos turistas, que se identificou como pecuarista, agradeceu a Bolsonaro pelo preço da arroba do boi e afirmou que isso iria entrar para a história. A carne bovina sofreu forte reajuste nas últimas semanas, chegando ao segundo preço mais alto desde o Plano Real.
“Mas a carne, aqui, internamente, daqui a um tempo acho que vai diminuir o preço”, ponderou Bolsonaro ao pecuarista. “É a lei da oferta e da procura”, afirmou na sequência aos turistas. Ele citou que, ao abater matrizes de gado, a tendência era faltar carne e o preço aumentar. “Tivemos uma pequena crise agora no preço da carne, mas vai melhorar.”
No fechamento de novembro, o aumento nos preços da carne bovina desossada no mercado atacadista foi de 22,9% na média de todos os cortes pesquisados, de acordo com a Scot Consultoria.
“Quero deixar bem claro que esse negócio da carne é a lei da oferta e da procura. Não posso tabelar, inventar. Isso não vai dar certo”, disse o presidente na chegada ao Palácio do Alvorada, após viagem a Resende (RJ), onde participou da inauguração de uma cascata de ultracentrífugas, na Fábrica de Combustível Nuclear.
Já os preços da carne bovina vendida em supermercados e açougues de São Paulo registraram uma alta de 8%, na média de todos os cortes, segundo a consultoria. No Paraná a alta também foi consistente, 3,5%. Já no Rio de Janeiro e em Minas Gerais as variações foram mais tímidas, de 0,2% e 1%, respectivamente.
“[O preço da carne] vai ter uma estabilização, não vai ter mais essas puxadas. Mas não tem perigo de voltar ao que era. Mudou o patamar. Já tinha mudado o da soja, do milho. A carne ficou por três anos com valor muito baixo. Isso faz com que o mercado sinta mais essa subida”, afirmou a ministra.
Na mesma entrevista, Cristina nega qualquer possibilidade de que falte carne para venda no País: “o risco de desabastecimento é zero”, declarou.