Terça-feira, 08 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de janeiro de 2021
A Apple e a Amazon anunciaram que suspenderam de suas lojas virtuais e de seus serviços de hospedagem o aplicativo Parler, muito usado por apoiadores do presidente Donald Trump. O Google já havia tomado decisão semelhante.
As empresas alegam que a rede social não tomou medidas adequadas para evitar a disseminação de postagens incitando a violência depois da invasão ao Congresso dos Estados Unidos que deixou 5 mortos.
“Suspendemos a Parler na App Store até que eles resolvam esses problemas”, disse a Apple em um comunicado. A Apple deu 24 horas para a rede social apresentar um plano de moderação detalhado.
O presidente-executivo da Parler, John Matze, atacou a Apple, dizendo que a fabricante do iPhone estava banindo o serviço até que desistisse da liberdade de expressão e instituísse “políticas amplas e invasivas como Twitter e Facebook”.
A Amazon suspendeu Parler de sua unidade Amazon Web Services (AWS), por violar os termos de serviço da AWS ao falhar em lidar de forma eficaz com um aumento constante de conteúdo violento no serviço de rede social, informou o BuzzFeed News.
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou a sua conta no Instagram para convidar os seus 18 milhões de seguidores a entrarem para a Parler, uma rede social que se apresenta como uma alternativa de “liberdade de expressão” ao Twitter e virou a favorita da base mais radical do presidente americano, Donald Trump — sobretudo após seu afastamento pelo Twitter e pelo Facebook por incitaçao à violência.
Bolsonaro fez duas postagens: uma no sábado (9) pela manhã e outra no domingo (10), convidando as pessoas a acessarem a rede social.
O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, foi um dos entusiastas do trumpismo que também convidou seus seguidores no Twitter a o seguirem também no Parler, depois que Trump foi definitivamente afastado do Twitter. O assessor internacional do Planalto, Filipe Martins, fez o mesmo. Ambos, no entanto, continuam no Twitter.
O Parler tem feito sucesso entre o público conservador com a proposta de não censurar as publicações de seus usuários. Jair Bolsonaro e seus três filhos mais velhos fizeram conta na plataforma em julho de 2020.
A proposta do aplicativo, que tem como slogan a frase “Leia notícias e comente livremente”, é de que reportagens, artigos e publicações de blogs sejam compartilhados e discutidos pelos usuários.