Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A manifestação de opinião só ocorre nos países democráticos. Divergir está na essência dos debates do Executivo e do Legislativo. Porém, se o Poder Judiciário aceita a pressão, é melhor fechá-lo. O magistrado não faz campanha eleitoral nem promessas inviáveis. Apresenta diploma de nível superior e se submete a concursos públicos rigorosos. A missão que têm é clara.
Judiciário tutelado caracteriza regimes totalitários.
Contando os votos
O Executivo deverá encaminhar até amanhã o pedido de convocação extraordinária da Assembleia Legislativa para sessões no dias 29 e 30 deste mês. Depende, porém, da certeza de que maioria vai aprovar o Plano de Recuperação Fiscal e o projeto de privatização de estatais.
Bom ou mau negócio?
Uma certeza, na reabertura da Assembleia, é que deputados da oposição, mais uma vez, condenarão a renegociação da dívida do Estado com a União, que já tem 20 anos. A proposta, naquela época, não foi aceita só pelo Rio Grande do Sul.
Entre maio de 1997 e junho de 1998, outros 23 Estados assinaram o mesmo acordo, porque não conseguiam mais pagar as prestações dos 100 bilhões de reais que deviam ao Ministério da Fazenda. O motivo: os juros anuais cobrados estavam em 32 por cento ao ano. O governo FHC reduziu para 6 por cento.
Faltou coragem
O escorregão dos Estados que renegociaram a dívida foi não ter cumprido o compromisso de ajustes internos para adequar a despesa à receita. Até hoje, continuam gastando como se existisse uma máquina própria e eterna de imprimir dinheiro.
Disparada
O déficit da Previdência da União, somando INSS e servidores públicos, atingiu 268 bilhões e 798 milhões de reais no ano passado. O rombo do INSS cresceu 21,8 por cento em relação ao verificado em 2016. Trata-se de dinheiro de impostos, saído diretamente do Tesouro Nacional, e cuja destinação poderia ter sido a Saúde e a Educação.
Impensável
A cada anúncio de déficit, a fértil imaginação burocrática passa a conspirar para provocar mais prejuízo ao bolso dos contribuintes. Isso quer dizer, propor aumento de impostos.
Há 20 anos
O primeiro dia do novo Código de Trânsito Brasileiro foi marcado pela desinformação em todo o País. Motoristas deixaram de cumprir regras básicas da legislação como usar o cinto de segurança e respeitar a sinalização. Pedestres atravessaram as ruas longe das faixas.
A notícia foi divulgada a 23 de janeiro de 1998. Passados 20 anos, os vícios persistem, comprovando que não basta a lei para corrigir hábitos errados.
Entre os piores
O Brasil é o quinto país do mundo em mortes no trânsito, conforme levantamento da Organização Mundial da Saúde. Ficamos atrás da Índia, da China, dos Estados Unidos e da Rússia.
O que falta
A maioria dos acidentes é causada pelo condutor, ao desrespeitar alguma norma. Fica evidente que há falha na formação dos motoristas e motociclistas. É também urgente intensificar a fiscalização e repensar as punições, hoje tão brandas, a quem causa tragédias no trânsito.
Lá e cá
Nada como estar ao lado do poder: o presidente Michel Temer vai liberar 330 milhões de reais para o metrô do Distrito Federal. O de Porto Alegre, tantas vezes anunciado, não sai da estação da promessa.
É a impunidade
Estranho país em que administradores públicos não pagam coisa alguma, mesmo tendo provocado situações de insolvência.
Dois lados da moeda
A 23 de janeiro de 2003, o presidente Lula comparou a economia brasileira a um filho doente para tentar justificar o aumento dos juros, decidido no dia anterior pelo Banco Central. Foi de 25 para 25,5 por cento ao ano. A medida era sempre criticada pelo PT durante as gestões de Fernando Henrique Cardoso.
De recurso em recurso
O bate e rebate sobre a nomeação de Cristiane Brasil ainda irá parar num tribunal da ONU.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.