Domingo, 13 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2022
O dólar comercial acumulou um avanço de 2% nesta semana, subindo para a marca dos 5,26 reais. Foi a semana de maior valorização do dólar desde julho, e essa é a maior cotação da moeda americana desde o começo de agosto. Já o índice Ibovespa acumulou um recuo quase 3%, a pior semana também em dois meses.
A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,2% frente ao real, negociado na casa dos R$ 5,25 para venda, no maior valor de fechamento desde o início de agosto. O dólar reduziu os ganhos ao longo da tarde após furar o patamar de R$ 5,30 na primeira hora de negócios, com alta acima de 1%. O contrato futuro com vencimento em outubro chegou aos R$ 5,32, na mesma magnitude de alta.
É o investidor preparando o terreno para a chamada “super quarta-feira” de decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom).
“O dólar está voltando para um patamar alto, acima de R$ 5,25, mostrando que o cenário de risco está bastante elevado. Isso seja em razão do cenário externo, seja em razão da proximidade das eleições que, normalmente, trazem volatilidade”, comenta a economista do banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli.
O diretor de câmbio de uma corretora local destacou que investidores “correram para o ativo considerado porto seguro”, o dólar.
Inflação e uros dos EUA – Desde que os números de agosto da inflação dos Estados Unidos foram divulgados, nesta semana, o dólar teve valorização de mais de 3%. Os dados vieram acima do esperado pelo mercado.
O que elevou as incertezas em relação à economia norte-americana e também, as apostas de que a autoridade monetária deverá seguir com a taxa de juros mais altas e por mais tempo diante da pressão inflacionária.
“O ambiente continua sendo de bastante cautela nos mercados, encerrando a semana com pressão na nossa moeda e outras moedas [de países] emergentes diante da preocupação com a redução do crescimento global com a alta de juros nos Estados Unidos e na Europa”, diz Quartaroli. O dólar encerrou a semana com valorização de 2,1%.
Bolsa de Valores
O Ibovespa (IBOV) cravou seu quarto pregão consecutivo em queda nesta sexta-feira (16), tendo seu desempenho afetado mais uma vez pelo viés negativo dos mercados no exterior.
O principal índice da Bolsa brasileira teve queda de 0,61%, a 109.280,37 pontos. Esse é o menor patamar desde 9 de agosto de 2022, quando fechou ao redor dos 108 mil pontos.
Com a desvalorização do dia, o índice fechou a semana acumulando rentabilidade negativa de 2,69%.