Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de abril de 2022
O Brasil registrou neste domingo (17) 18 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 662.011 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 100, a mais baixa desde 5 de janeiro (quando estava em 98). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -49%, tendência de queda nos óbitos decorrentes da doença.
— Total de mortes: 662.011
— Registro de mortes em 24 horas: 18
— Média de mortes nos últimos 7 dias: 100 (variação em 14 dias: -49%)
— Total de casos conhecidos confirmados: 30.248.082
— Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 2.243
— Média de novos casos nos últimos 7 dias: 14.272 (variação em 14 dias: -34%)
— Acre, Alagoas, Piauí, Roraima, Sergipe, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Paraná, Mato Grosso, e Maranhão não tiveram qualquer registro de morte em 24 horas.
O país também registrou 2.243 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 30.248.082 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 14.272, variação de -34% em relação a duas semanas atrás. É a menor média registrada também desde 5 de janeiro, quando estava em 12.391.
Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano.
Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
Curva de mortes nos Estados:
— Em alta (3 estados): RN, ES, PR
— Em estabilidade (2 estados): AM, SC
— Em queda (18 estados): AC, AP, PA, PE, GO, AL, BA, RS, CE, SE, MG, SP, MT, MA, MS, RO, PB, PI
— Não divulgaram (3 Estados e o Distrito Federal): DF, RJ, RR e TO
Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás.
Vale ressaltar que há Estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os números de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados. Já a variação percentual para calcular a tendência (alta, estabilidade ou queda) leva em conta os números não arredondados.
Pólio
A meta é ter anualmente 95% de todas as crianças vacinadas contra a poliomielite, mas os dois recentes anos de pandemia registraram os piores índices desde 2012. As gotinhas que levaram à erradicação da paralisia infantil no Brasil não foram tomadas por mais de 3 em cada 10 crianças no ano passado.
A tendência de queda já era verificada anteriormente, mas se acentuou no período recente de pandemia. Negacionismo, falta de investimento e efeitos indiretos da pandemia estão entre os motivos apontados por especialistas, além da falta de conhecimento das novas gerações com os efeitos nefastos da doença, erradicada no Brasil há mais de 30 anos.
“Nós tivemos com a Covid um abandono das taxas de vacina, um abandono do programa [de imunizações] como um todo, mas a gente precisa retomar não só para a pólio, mas para várias outras doenças”, diz Renato Kfouri, infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
“Caiu o financiamento da atenção básica pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a gente viu um retrocesso em relação à cobertura das equipes de saúde da família. Para garantir a vacinação, tem que ter as equipes nos postos de saúde e as equipes para trabalhar na comunidade e fazer o controle de quem está vacinado ou não”, disse Salvador.
“No governo Bolsonaro a gente vê um desmonte do Programa Nacional de Imunizações. Inclusive, a pessoa que liderava saiu dizendo que não tinha recursos para fazer campanha. Então, a gente já tinha menos investimento para a atenção primária e para as campanhas e, partir disso, agora temos até movimento antivacina no Brasil”, complementou.